Estudante de Odontologia atuava há dois anos de forma irregular em Fortaleza
No último semestre do curso de Odontologia, Eduardo Pampolini foi preso em flagrante. Ele realizava, em um consultório montado na Praia de Iracema, procedimentos cirúrgicos a preços populares e atuava em Fortaleza há dois anos
Um estudante do último semestre de odontologia de uma faculdade particular do Ceará, natural de Mato Grosso, foi preso em flagrante, na tarde desta quarta-feira, 19, após denúncia do Conselho Regional de Odontologia do Ceará (CRO-CE) de exercício ilegal da profissão. Eduardo Pampolini, 33, realizava procedimentos odontológicos, inclusive de cunho cirúrgico, há dois anos e foi encontrado no consultório dele, na avenida Monsenhor Tabosa, onde atuava desde o início de 2020. A companheira dele, dentista com inscrição no CRO-CE, também foi presa. Os dois foram encaminhados para a Delegacia de Capturas e Polinter (Decap).
Delegada Camila Lobo, do 2º Distrito Policial, conduziu as investigações e afirma que, antes de abrir o consultório na Praia de Iracema, o estudante tinha outro local de atuação, no Centro. Segundo ela, Pampolini teve uma inscrição provisória no CRO, que foi cancelada porque ele não entregou a documentação de conclusão do curso. No entanto, o suspeito se apresentava como cirurgião-dentista em postagens do perfil do estudante e da clínica dele nas redes sociais.
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Médico é preso por exercício ilegal da profissão e falsidade ideológica
Pampolini já respondia a um processo administrativo, também por exercício ilegal da profissão, em uma faculdade particular no Mato Grosso. Além de material de divulgação de serviços de implantes, clareamentos, tratamentos odontológicos e até procedimentos estéticos nas redes sociais, a Polícia encontrou, no consultório, panfletos e documentos particulares, como receituários e atestados.
De acordo a Polícia, a companheira de Eduardo tinha ciência da condição ilegal dele e auxiliava no dia a dia no consultório.
A Polícia apreendeu ainda carimbos com inscrições "cirurgião-dentista" atribuído ao suspeito, jaleco, máquinas de cartão, dinheiro, diversos blocos de recibos, orçamentos e até receituários de controle especial, que só poderiam ser assinados por um profissional habilitado pelo Conselho de Odontologia. O casal foi autuado em flagrante pelos crimes de falsificação de documento particular, falsidade ideológica, exercício ilegal da profissão e estelionato, já que eles recebiam dinheiro dos pacientes, que eram induzidos a acreditar que os procedimentos estavam dentro da legalidade.
A delegada faz um alerta para a população em relação a pessoas que utilizam de artifícios para driblar a legislação e recomenda buscar, junto à entidade reguladora, o número do registro profissional.
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