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Processo por morte de idoso acusado de assalto em Fortaleza é arquivado pela Justiça

José Alberto da Silva de Paula foi morto em suposta tentativa de assalto a policial militar. A família do idoso nega que o homem teria cometido o crime do qual é acusado
17:12 | Ago. 18, 2020
Autor Redação O POVO
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O processo sobre a morte de José Alberto da Silva de Paula, de 65 anos, foi arquivado pela Justiça. A decisão aconteceu na segunda-feira, 17. Há um ano e três meses, a família do aposentado afirma que ele é inocente no suposto assalto em que foi apontado como o autor. O crime teria acontecido contra um policial militar da reserva em 2019, na avenida João Pessoa, em Fortaleza. Com o arquivamento do processo, o idoso morto segue considerado assaltante e o policial militar fica inocentado por ter agido em legitima defesa.

Por meio de nota, a Defensoria Pública afirmou que a família do aposentado é atendida por meio da Rede Acolhe, que presta assistência jurídica e psicossocial. A Defensoria ainda afirmou que trabalha estratégias para garantir o direito da família.

O caso do aposentado aconteceu no dia 31 de maio de 2019, quando a Polícia foi acionada para uma suposta ocorrência de assalto que resultou na morte do criminoso. O relato inicial era de que a vítima do assalto, um sargento da reserva remunerada, teria baleado um suposto assaltante na avenida João Pessoa. O militar teria sido lesionado a faca na ação.

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A ocorrência parecia um caso elucidado, se não fosse o morto e suposto assaltante ser José Alberto, que morava em Redenção e era proprietário de uma bodega. Todo mês vinha a Fortaleza para receber a aposentadoria e ver os filhos.

O idoso havia superado a hanseníase, era cego de um olho e estava, conforme os parentes, debilitado. José Alberto tinha sete filhos. A família dele foi comunicada que o corpo estava na sede da Perícia Forense e chegou ao local acreditando que o aposentado havia sido vítima de um mal súbito, mas quando chegaram à unidade foram surpreendidos com a informação que ele era apontado como assaltante.

A família recebeu a informação que seu Alberto teria tentado assaltar um policial militar, foi morto e o PM da reserva alegou legitima defesa. Em entrevista em 2019, um parente afirmou: "Eu vou lutar contra o mundo inteiro para mostrar que ele era um homem de bem. Ele foi honesto e trabalhador. Nunca deixou de ser um cidadão".

O caso foi acompanhado pelo 11º Distrito Policial, bairro Panamericano. O Ministério Público do Ceará (MPCE) recebeu o inquérito, mas enviou para que a Polícia Civil voltasse com as investigações, no entanto, desta vez, o parecer do MPCE, foi pelo arquivamento.

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