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Polícia Civil detalha prisão de ex-fuzileiro que manteria laboratório de drogas

Com Francisco José Lima Saraiva, foi apreendido 1 quilo de cocaína de alto teor de qualidade e insumos para aumentar a produção da droga

Um homem de 37 anos foi preso, na última quinta-feira, 30, suspeito de manter um laboratório de drogas no bairro Montese. Com Francisco José Lima Saraiva, de 37 anos, ex-fuzileiro naval, a Polícia Civil (PC) apreendeu um quilo de cocaína e materiais que normalmente são usados para mistura com a droga pura e fazê-la render mais. Detalhes da prisão foram fornecidos nesta segunda-feira, 3, em entrevista coletiva.

Conforme o auto de prisão em flagrante, o setor de inteligência da Divisão de Combate ao Tráfico de Drogas (DCTD) obteve informações de que um homem iria receber uma encomenda com drogas no bairro Siqueira. Os policiais conseguiram flagrar quando Francisco José recebeu o pacote via Correios. Foi constatado que se tratava de 1 quilo de cocaína. No momento da prisão, o homem chegou a reagir e agredir um inspetor que fazia a prisão. Ele também foi autuado por resistência. Na casa do suspeito, a Polícia ainda localizou dois quilos de uma substância de cor branca, que os agentes acreditam que seria usada na manipulação e na fabricação de droga. Conforme o delegado Marciliano Ribeiro, diretor-adjunto, da DCTD, a droga recebida era de alto teor de qualidade.

Na continuidade das investigações, os policiais se dirigiram a um espaço comercial que estava no nome dele, em plena avenida Gomes de Matos. Foi onde encontraram o suposto laboratório. No local, foram encontrados suplementos alimentares, que a Polícia acredita que servia como fachada para a produção de drogas. O homem não tinha autorização sanitária nem formação técnica para manipular o material. Também foram encontradas substâncias semelhantes à mineíta e cafeína, utilizadas para aumentar o volume da cocaína, assim como máquinas seladoras e computadores. Ainda foi apreendido um caderno com fórmulas que os policiais acreditam que serviam para a produção da droga.

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As investigações prosseguem agora para saber em que locais a droga era distribuída e quem eram os fornecedores de Francisco José. Marciliano Ribeiro destacou que o homem já possuía duas condenações (uma em definitivo) por tráfico de drogas, outra por porte ilegal de arma de fogo, assim como antecedentes criminais por roubo de veículos e corrupção de menores.

“Levando em consideração que, conforme investigações anteriores, nós ouvimos de um grande traficante que a cocaína se escasseou, estava cara por isso, acreditamos que (a apreensão) essa droga tem um impacto muito relevante (para o tráfico)”, afirma Marciliano Ribeiro. “Há possibilidade dele estar desdobrando essa droga para passar para traficantes menores”, afirmou, por sua vez, o delegado Pedro Viana, diretor da DCTD. “Então, o impacto a gente não tem ainda como mensurar. Mas, em se confirmando essa situação dele estar desdobrando e repassando para esses traficantes menores, quantos pontos de venda de drogas não vão deixar de ser abastecido?”, completa o delegado.

 

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