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Medidas de prevenção ao coronavírus são responsabilidade social, reforçam especialistas

Na terça-feira, a jornalista Maísa Vasconcelos receberá o economista Alci Porto e o lojista Assis Cavalcante, para discutir a importância dos pequenos negócios para a economia, no O POVO Quer Sabe
15:09 | Jul. 27, 2020
Autor Ismia Kariny
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Ismia Kariny Estagiária O POVO online
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Tipo Notícia

A 14ª edição do projeto O POVO Quer Saber teve início nesta segunda-feira, 27, com apresentação da jornalista Maísa Vasconcelos. Durante o programa, houve discussões de temas como cuidados e prevenção contra o coronavírus, o luto em tempos de pandemia, e a responsabilidade social para a contenção de surtos no ambiente de trabalho.

O infectologista Keny Colares, médico e preceptor da residência médica em infectologia do Hospital São José (HSJ) de Doenças Infecciosas, foi um dos convidados desta edição. Na entrevista, transmitida nas plataformas do O POVO e na rádio O POVO CBN, ele destacou que a principal preocupação na atual fase de reabertura das atividades econômicas no Ceará, é a ocorrência constante de aglomerações.

Para o infectologista, o momento ainda deve ser de cautela para evitar novas ondas da Covid-19 no Ceará. “A gente fica preocupado que isso possa trazer a doença de volta. Para seguir esse planejamento de abertura gradual com muita atenção é muito importante contar com a colaboração da população”, complementa Keny Colares, sobre a necessidade de se manter o distanciamento social.

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Ele acrescenta que, medidas como o uso de máscara são recursos adicionais, que contribuem para a maior efetividade das ações de prevenção. A ela se soma a higienização das mãos, a distância entre as pessoas, e a saída apenas em caso de necessidade, evitando aglomeração e permanência prolongada em ambientes fechados.

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“A transmissão por objetos tem seu papel, mas a transmissão direta, respiratória, parece ser a mais importante. Fatores como concentração de pessoas, em uma distância menor, aumenta esse risco [de contaminação]”, detalha Keny, que é também consultor em infectologia da Escola de Saúde Pública do Ceará. Ambientes fechados também apresentam maior risco do que aqueles abertos, onde há maior ventilação.

Cuidados devem ser redobrados no trajeto casa-trabalho

Colaboradores devem se atentar às medidas de prevenção principalmente no trajeto da casa para o trabalho. A responsabilidade é coletiva, na contenção de novos surtos, segundo o médico do Trabalho, Alexandre de Lima Santos. Em entrevista conduzida por Maísa Vasconcelos, no programa O POVO Quer Saber, ele ressalta que o retorno seguro e gradual depende de um conjunto de determinações.

A gente está em uma abertura muito grande. Temos aquelas medidas gerais de plano de comunicação clara [com os colaboradores], porque o risco ainda existe e não queremos uma eventual contaminação”, conta Alexandre, que atua na unidade de Segurança e Saúde para a Indústria (Unissin) e é mestre em Saúde Pública, pela Universidade Federal do ceará (UFC). Ele acrescenta que cada ambiente de trabalho tem sua especificidade e deve ter seus conjuntos de determinações analisados de forma cuidadosa.

Além do plano geral de comunicação, pode haver protocolos que contemplem o retorno gradual, em percentuais de trabalhadores. E mesmo com o contingente, é possível que esse retorno ocorra em divisões, com uma certa parcela trabalhando em dias diferentes, por exemplo. As demais orientações sanitárias, como distanciamento de pelo menos 2 metros e o uso de máscara e álcool em gel, também são medidas implementadas. “Você pode implementar uma série de medidas, mas esse ir e vir do trabalho é o que exige maior cuidado”, salienta Alexandre.

Pandemia afeta a todos, e medidas de prevenção são responsabilidades sociais

Eveline Câmara, psicóloga fundadora e gestora do Instituto de Especialidades Integradas, comenta que há uma dificuldade da população em entender essa responsabilidade coletiva de manter o distanciamento. Isso ocorre pelo próprio desejo de sair de casa, após tanto tempo em isolamento social, que acaba sobrepondo a noção do perigo e possíveis consequências do ato.

“Estamos passando por uma pandemia, e precisamos entender que nossas atitudes se refletem nos demais; é responsabilidade nossa. A gente não vive só pelo princípio do prazer, a gente vive atravessado por uma realidade”, complementa a psicóloga, que é também pedagoga e psicopedagoga, com mais de 15 anos de atuação em atendimento clínico (psicanálise), tendo passado por áreas como organizacional, hospitalar e social.

 

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