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Quase 14% dos consumidores estão inadimplentes em Fortaleza

A pesquisa foi realizada pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Ceará (IPDC) da Fecomércio-Ce. Comparado ao mês de maio, a taxa apresentou uma queda de 0,7 pontos percentuais, mas ainda é considerada alta
00:00 | Jun. 29, 2020
Autor Angélica Feitosa
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Tipo Notícia

O mês de junho está finalizando para muitos moradores de Fortaleza com dívidas em lojas, cartões de crédito, entre outras. Um total de 13,9% dos consumidores da Capital estão inadimplentes no mês. Segundo a pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Ceará (IPDC) da Federação do Comércio do Estado do Ceará (Fecomércio/CE), 74,7% dos consumidores de Fortaleza possuem algum tipo de dívida.

A diferença entre inadimplência e dívida, segundo o presidente da Fecomércio/CE, Maurício Filizola, é que, a dívida acontece quando o consumidor compra a prazo, mas consegue pagar o valor no período acordado. Já na inadimplência ocorre quando ele não honra a dívida. “As duas situações são preocupantes porque a dívida impossibilita novas compras e compromete o orçamento da família”, informa. De acordo com a pesquisa, homens apresentam índices de endividamento mais elevados (77,5%); pessoas na faixa etária de 25 a 34 anos (83,6%), com escolaridade de nível fundamental (78,7%) e com nível de renda menor que cinco salários mínimos (77,3%).

O consumidor é considerado inadimplente quando a dívida supera um tempo igual ou superior a 60 dias de atraso. A pandemia no novo coronavírus, ainda de acordo com Filizola, foi um dos fatores que impulsionou o aumento das dívidas e da inadimplência. O aumento do desemprego e das reduções de jornadas e salários foram as principais causas.

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Já os consumidores com dívidas em atraso, ou seja, com um tempo inferior a 60 dias, apresentaram um recuo no mês de junho. Um total de 1,1% a menos em relação ao mês de maio (27,1%) chegando a 26%. O trimestre de abril a junho deste ano mostrou uma oscilação dos consumidores com dívida em atraso contribuindo para uma média trimestral de 26,1%.

Segundo a pesquisa, uma das causas principais quanto às dívidas em atraso é o adiamento dos pagamentos, transferindo esse valor para outras finalidades, segundo 60,6% dos entrevistados. O estudo aponta ainda que 33,5% dos entrevistados possuem dívidas em atraso acima de 90 dias.

Quando o consumidor não honra a dívida e se torna inadimplente isso pode comprometer a saúde financeira da empresa e gerar um desequilíbrio na economia. "As empresas precisam do dinheiro para honrar as dívidas com os fornecedores. E, com a falta do pagamento, podem acabar contratando menos e até chegarem a fechar as portas", aponta. O presidente diz entender que a redução das jornadas de trabalho e, consequentemente, de salários implicaram diretamente no aumento das dívidas.

A maneira de se evitar os problemas mantendo a saúde financeira é com planejamento. "Quando você tem um orçamento mensal, que planeje quanto você vai gastar com alimentação, farmácia, saúde é mais fácil para controlar", ensina. A dica é colocar num papel ou numa planilha em um computador os gastos previstos para o mês em cada setor e tentar seguir a previsão.

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