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11 pessoas são presas por usar nome de desembargadores para praticar estelionato

A Operação Precatório conta com cerca de 60 policiais civis do Ceará e do Piauí. Nome de auditores também era usado
07:05 | Mar. 04, 2020
Autor Lucas Braga
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Lucas Braga Repórter do O POVO Online
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Tipo Notícia

Atualizada às 16h09min

As Polícias Civis do Estado do Ceará (PCCE) e do Piauí (PCPI) realizam nesta quarta-feira, 4, a Operação Precatório para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão contra suspeitos de usar o nome de autoridades de todo o País para prática de estelionato.

Em Fortaleza e Região Metropolitana (Pacatuba, Guaiúba e Maracanaú), foram cumpridos 11 mandados de prisão e 12 de busca e apreensão. Os suspeitos são apontados na investigação como os donos das contas bancárias onde há registros dessas movimentações financeiras criminosas. 

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Os golpes foram praticados em série por criminosos que se passam por autoridades públicas, como desembargadores e auditores fiscais, e entram em contato com as vítimas demandando depósitos bancários para o recebimento de precatórios — forma que um ente público tem de realizar o pagamento ao autor de uma ação judicial.

De acordo com os policiais, estes criminosos aplicavam os golpes principalmente em idosos. As identidades não foram divulgadas para não atrapalhar no andamento das investigações. Uma das vítimas, um idoso catarinense de 85 anos, chegou a pagar 120 mil reais, na esperança de agilizar recebimento de precatórios aos quais tinha direito. No estado de Santa Catarina, foram mais de 300 vítimas.

Brasil

Acontecendo de forma simultânea no Distrito Federal, os policiais prenderam duas pessoas, entre elas, um foragido da Justiça com cinco mandados de prisão em aberto, de estados diferentes da Federação. A operação, que contou com participação de 60 policiais civis do Ceará e do Piauí, ainda apreendeu um automóvel, aparelhos celulares, notebooks, cartões magnéticos, dinheiro em espécie e documentos diversos.

“Dentre os presos há aqueles que realizam diretamente os golpes, aqueles que recebiam valores provenientes das vítimas e branqueavam esses valores, e aqueles que faziam o recolhimento e recambiamento desse dinheiro, fazendo os valores chegarem até os chefes da associação criminosa", explica o delegado Matheus Zanatta, gerente de Polícia Especializada do Piauí.

A investigação apontou o caráter nacional do esquema criminoso, envolvendo ainda vítimas da Paraíba, Alagoas, Sergipe, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Santa Catarina.


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