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Principal quartel dos policiais em motim, 18º Batalhão é transferido de local

Placas que faziam referência ao 18º BPM foram retiradas e local foi desativado na segunda-feira, 2. Nova sede fica no Planalto Pici
18:30 | Mar. 03, 2020
Autor Redação O POVO
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Tipo Notícia

O prédio onde funcionava o 18º Batalhão da Polícia Militar (BPM), no bairro Antônio Bezerra, está desativado desde a última segunda-feira, 3. O local foi o centro de comando dos policiais amotinados durante 13 dias. Foi também o local usado para as assembleias de votação de paralisação e era onde se concentravam as viaturas capturadas, com pneus esvaziados, obstruindo o acesso. Foi o primeiro quartel a ser paralisado.

Desde segunda-feira, o local estava vazio, após passar dias tomado por policiais e seus familiares. Todos foram para novas instalações.

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O POVO apurou que, desde a segunda-feira, 2, após a decisão da categoria pelo fim da paralisação, o prédio foi desativado. O novo local fica no Planalto Pici. A placa de 18º Batalhão da Polícia Militar (BPM) foi retirada. Durante a paralisação, a mais longa já realizada no Ceará, mulheres, crianças e militares estaduais usavam as dependências do quartel para dormir, alimentar-se e se reunir para discutir os rumos do movimento. Era ali que faziam orações e recebiam notícias sobre o rumo do movimento. Havia um pula-pula colocado para as crianças.

Era da escada na entrada do batalhão que os líderes se aglomeravam para falar com a tropa. No último dia do motim, 1º de março, a presidente da associação das esposas dos militares, Nina Carvalho, descreveu um pouco da rotina no quartel. Pela manhã, os mais assíduos e os que estavam morando no prédio e na escola próxima ajudavam com os afazeres e a organização. À noite, agentes de segurança compareciam com a esposa para as reuniões. Nina, pouco antes da votação que definiu o fim da paralisação, desabafou quanto ao desgaste de todos que estavam ali há tanto dias e demonstrou que as perspectivas eram diferentes para quem estava mostrando o rosto e morando no prédio, diferente dos que iam para visitar e apoiar no período noturno. E chegou a declarar, antes da votação, que iria mandar fechar as portas e todos que permanecessem ali deveriam ficar realmente no referido quartel. Houve quem permanecesse e houve quem fosse embora. Sabino gritava para que não impedissem as pessoas de sair. 

O primeiro nordestino a assumir a Força Nacional, coronel Aginaldo de Oliveira, chamou os policiais presentes ali de "gigantes". E disse que eles tinham muita coragem, mas pediu para que todos voltassem a trabalhar.

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