Latrocínio descartado: agente penitenciário morreu no Papicu após ter arma encontrada por criminosos
Órgão descartou hipótese de "roubo seguido de morte" após localizar e prender os seis suspeitos envolvidos no crimeA Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) descartou latrocínio como motivo do assassinato do agente penitenciário Paulo Vitor Passos Teixeira, 25. Segundo informações passadas pelo órgão em coletiva, nesta terça-feira, 3, a vítima foi abordada por criminosos e morta ao ter arma encontrada. Crime aconteceu no último domingo, 1°.
Paulo estava em um veículo com cinco amigos, voltando de uma festa, quando abordagem aconteceu. A PCCE informou que carro foi parado após entrar em uma via, usada como desvio pelas vítimas para chegar ao Pirambu, bairro de destino. Cinco homens ligados a facção Guardiões do Estado (GDE) obrigaram agente e passageiros a descerem e avaliaram seus pertences, desconfiados de que vítimas pertencessem a organização rival. Durante procura, a pistola .40 do agente foi encontrada e Paulo correu para tentar fugir.
Antônio Denilson Marques da Silva, conhecido como “Gordinho”, e Marcos Antônio Ferreira, apelidado de “Negão”, seguiram a vítima efetuando disparos até que ela caísse em uma rua próxima, falecendo no local. Para fuga, Negão recebeu auxílio de Francisco Alves da Silva, 34, motorista de aplicativo e conhecido do suspeito, que estava próximo e acabou presenciando ação. Denilson voltou ao lugar em que veículo estava e liberou amigos da vítima, depois de confirmar que eles não eram policiais.
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AssineApós avaliar imagens de câmeras que flagraram ação, PCCE localizou condutor e os dois responsáveis pelos disparos. A arma do agente estava em um bar de propriedade de Abnoan Avelino Vieira, 49, que integrou abordagem. Os outros dois suspeitos, Edson Alexsander Nogueira dos Santos, 23, e Lucas Luiz Ferfolli, 25, também foram encontrados e presos. Ação de captura durou até a segunda-feira, 2, sendo realizada pela Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), pela Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer) e pela PCCE.
Os seis suspeitos foram encaminhados para a Delegacia de Capturas e aguardam audiência de custódia. Segundo Wilson Neto, delegado a frente do caso, apenas Marcos Antônio e Lucas confessaram participação no assassinato. Oficial pontuou ainda que “crime mostra insegurança dos homens que fazem esse papel (de agente)”. Todos os suspeitos foram autuados por homicídio qualificado e participação em organização criminosa.
Naturalidade
Edson e Lucas, naturais de São Paulo, e Marcos Antônio, de Mato Grosso, são os únicos entre os seis suspeitos que não são cearenses. Segundo Wilson Neto, os criminosos teriam vindo para o Estado com o intuito de atuar no tráfico de drogas, integrando facções.
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