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Nuvens encobrem Superlua na orla de Fortaleza, neste domingo

Ainda que parcialmente encoberta por nuvens, na Praia de Iracema foi possível ver uma lua aparentemente maior e avermelhada
21:32 | Fev. 09, 2020
Autor Lucas Braga
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Lucas Braga Repórter do O POVO Online
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Tipo Notícia

Quem saiu de casa querendo ver a Superlua em Fortaleza, neste domingo, 20, pode ter se arrependido. O fenômeno, visível no Nordeste, Norte e Sudeste, não ficou visível por mais que seis minutos, na Capital cearense.

Ainda que parcialmente encoberta por nuvens, na Praia de Iracema foi possível ver uma lua aparentemente maior e avermelhada. Ela saiu detrás dos prédios do Mucuripe às 18h34min e às 18h40min já estava quase completamente invisível a olho nu.

O céu nublado parece ter sido ignorado por boa parte dos casais que aproveitavam a noite fresca no Aterro e Espigão da avenida Rui Barbosa. Mesmo passando por obras, a Beira-Mar atraiu - como todos os domingos - muitos turistas e fortalezenses ao passeio vespertino.

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A Superlua foi encoberta pelas nuvens tão rapidamente que poucos conseguiram fotografar. Thiago Potter, analista de TI, que estava acompanhado de amigos, diz que até leu a notícia do O POVO sobre o fenômeno, mas esqueceu. A ida à praia foi por acaso. "Foi do nada, aleatório. Viemos só para passear mesmo. Foi ligeiro, mas tentei fazer uma foto", comenta, com bom humor.

Já as primas Gisela e Rebeca moram pertinho da Beira-Mar e foram fazer caminhada. Ao verem a lua avermelhada, decidiram sentar na areia e aproveitar. "Eu sabia que ia ter (o fenômeno), mas foi muito rápido. Agora, ela se escondeu ali nas nuvens e não saiu mais", conta Rebeca.

Previsão do tempo

A previsão para o Ceará neste fim de semana era de nebulosidade variável em todo o Estado, como adiantou a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).

Para esta segunda, a tendência é que o Noroeste, assim como o Sul do Estado, sigam com chances de mais chuvas. Já nas demais áreas, a previsão é de precipitações isoladas.Fortaleza e Região Metropolitana podem amanhecer com chuva moderada, mas com possibilidade de uma outra pancada mais forte.

A Superlua

Nosso único satélite natural chega em seu ponto mais próximo da Terra e em sua fase mais luminosa: a da Lua cheia. A essa coincidência, dá-se o nome de Superlua, que não é um termo científico. Por esse motivo, ela pareceu 30% mais brilhante e 14% maior. 

A distância média entre a Lua e a Terra é de cerca de 384 mil quilômetros (km). No entanto, por se tratar de uma órbita oval, essa distância pode variar de 400 mil km, quando mais distante, até cerca de 360 mil km, nos períodos de maior proximidade.

“A Superlua é um evento decorrente da coincidência de dois fatos astronômicos. O primeiro é que a Lua não gira em torno da Terra em formato de circunferência, mas em uma órbita um pouquinho achatada. Então, ela tem de estar no ponto mais próximo da Terra, que chamamos de perigeu e, ao mesmo tempo, na fase cheia”, explica o coordenador do projeto Astro&Física do Instituto Federal de Santa Catarina e doutor em física pela Universidade Federal de Santa Catarina, professor Marcelo Schappo. Já a microlua, por exemplo, acontece no apogeu, quando o satélite está no ponto mais distante do planeta.

Segundo ele, dependendo da regra usada para cada observatório considerar coincidente o perigeu e a lua cheia, é possível haver alguma divergência sobre o momento exato da Superlua. “Trata-se de uma janela arbitrária, mas no fundo são luas cheias sempre muito bonitas. Vale a pena a observação”, ressalta o físico ao sugerir a observação em todas as datas.

Schappo explica que, devido a essa divergência, alguns observatórios não consideram o 9 de fevereiro como a primeira Superlua do ano. É o caso do Observatório de Lisboa (Portugal), que devido à localização, considera a lua do dia 9 de março como a primeira Superlua do ano.

“Para outros observatórios, a Superlua ocorrerá [em algum momento] entre os dias 7 e 8 de abril, dependendo do horário da observação. Há ainda os que apontam o 7 de maio”, acrescentou.

Já o observatório do Valongo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), considera superluas apenas as que ocorrerão nos dias 9 de março e 7 de maio.

Outros fenômenos astronômicos em 2020


1. Eclipse

Eclipse parcial da lua acontece logo após o pôr do Sol, entre os dias 4 e 5 de julho, sendo visto apenas no hemisfério norte. Já no dia 14 de dezembro, ele destaca que acontece o momento astronômico mais importante do ano: o eclipse solar total, que será visto parcialmente em algumas áreas do Brasil, ainda não divulgadas.

Um eclipse solar acontece quando a Lua está localizada entre o planeta Terra e o Sol, cobrindo a terra por uma sombra. “É um momento único, que nos mostra que, debaixo de todos os astros que andam pelo cosmos, nós estamos todos no mesmo nível,” destaca o professor Annibal Hetem Junior, professor da Universidade Federal do ABC (UFABC) e especialista em Astronomia e Astrofísica.

2. Super-luas

Uma série de quatro super-Luas ocorre entre fevereiro e maio deste ano, segundo Annibal. Ele destaca que “uma superlua é um momento no qual a Lua cheia aparece um pouco maior do que o normal, e é muito interessante para os astrônomos porque permite ver mais detalhes do satélite.”

3. Chuva de Meteoros

Alguns meses do ano reservam um espetáculo "estelar". Em abril, maio e agosto uma chuva de meteoros vai cair do céu, principalmente durante a noite. Vindo da direção das constelações de Gêmeos e Perseus, os meteoritos são detritos de asteroides e outros corpos planetários.

4. Lua azul

O próximo Dia das Bruxas, 31 de outubro, ganha um detalhe curioso. O especialista afirma que a Lua cheia "vai utilizar seu brilho máximo", nesse período, devendo repetir o gesto na noite que se seguir. O fenômeno ganha o nome de “Lua Azul” mas o satélite não vai apresentar uma cor azulada. O apelido é devido a potência e a raridade em que o evento acontece. A próxima Lua azul que ocorre no Dia das Bruxas no Brasil é apenas no ano de 2039, como afirma Annibal.

5. Encontro da Lua com Marte

Durante a noite do dia 18 de fevereiro será possível ver a lua passar na frente de Marte. Segundo informações do professor, o planeta ficará bem próximo do satélite, desaparecendo lentamente atrás dele. Depois de aproximadamente duas horas ele retorna a aparecer, dessa vez em outro ângulo. Não será preciso usar telescópio para analisar o fenômeno.

6. Aproximação de Júpiter e Saturno

Outro momento possível de análise a olho nu será quando Júpiter e Saturno, os dois maiores planetas do sistema solar, se aproximarem. Annibal informa que o encontro vai promover um “espetáculo” no céu, em meados de julho.

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