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Praia da Leste recebe 1ª batalha de poesias faladas do Brasil em 2020

Há pelo menos 12 grupos de Slam atuando no Ceará. O movimento começou em Sobral. Em Fortaleza tem 4 aglomerados do tipo

Corrigida às 12 horas

Poetas de diferentes localidades do Ceará e de dois complexos de favelas do Rio de Janeiro iniciaram neste sábado, 11, a primeira batalha de poesias faladas do Brasil em 2020. A barraca Foi Sol, na praia da Leste, sedia o evento, que ocorre até este domingo, a partir das 16 horas. Pretim Daleste, um dos organizadores, conta com apoio do Bolsa Jovem, programa de incentivo da Coordenadoria Especial de Políticas Públicas de Juventude de Fortaleza.

O encontro reúne atores sociais que desenvolvem ações de cultura e arte nas periferias da Capital. Para Daleste, a ação conecta e fortalece uma rede de produção periférica frente às dificuldades enfrentadas pelas pessoas pretas e pobres.

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“Para além de produzir um evento cultural, é um local de produzir vidas. Criar impacto de relação com a comunidade, que está aqui ouvindo e se identificando através da dança, do teatro, da poesia e da discotecagem”, matura Daleste.

Os projetos Slam Laje, do Complexo do Alemão, e o Slam Sereno, do Complexo da Penha, se reuniram com quatro grupos do movimento Slam de Fortaleza para realizar o Festival de Verão. O evento surgiu no Rio de Janeiro, organizado pelas artistas e produtoras culturais MC Martina e Winona Evelyn. Na Capital, Winona ressalta a necessidade de democratizar as produções culturais com a mesma temática.

Veja galeria de fotos do evento

“É uma semente. Estamos plantando com a intenção de o movimento ser nacional e descentralizado. Tem a coisa muito de ser no centro da cidade, como por exemplo no Rio de Janeiro e em São Paulo”, cometa Winona.

Fran Nascimento, integrante do Coletivo Fora de Métrica, tem a mesma impressão sobre o cenário do slam no Ceará. Ela, uma das precursoras do movimento no Estado, contabiliza 12 grupos do tipo atuando no território cearense. Quatro em Fortaleza, outros oito em outros municípios. Depois de sair de Sobral e viajar quase quatro horas, Fran utilizou o “mic aberto” para declamar o que chamou de “uma poesia cortante”.

“A gente tem uma pedagogia dos corres. A disputa poética potencializa nossos aprendizados. É uma desculpa para nos encontrarmos e nos fortalecemos, nossas lutas e o grande coletivo no Ceará”, afirma.

Moradora do bairro Jardim Violeta e integrante do Slam Violeta, Alanys Silva é uma das pessoas a disputar a batalha de poesias. “Eu envolvo sentimentalismo, protesto e poesia erótica. É um protesto contra as dificuldades da vida”. Ela pontua que as letras são decoradas antes, mas, de acordo com momento, podem ser alteradas.

Integrante do Slam da Quentura, Sabrina Sá espera que o movimento cresça e a disputa ocorra não apenas entre cidades, mas envolva os estados. “A gente veio não só para disputar, mas para fazer pontes, para que mais eventos do tipo aconteçam”, espera.

EVENTO

O Festival Slam Laje + Slam Sereno de Verão 2020 é uma parceria entre o Coletivo Na Tora, Slam da quentura, Livro Livre Curió , Sapiranga Sound System e da festa Boom Boom Black, além de outros artistas e coletivos locais convidados. O evento tem apoio da Prefeitura de Fortaleza.

SERVIÇO

Festival Slam Laje + Slam Sereno de Verão

Quando: sábado, 11, de 16h às 20h, e domingo, 12, de 16h às 18h

Onde: Barraca Foi Sol, 17, na praia da Leste

Gratuito

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