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Falta vacina pentavalente em todo o País após reprovação em teste de qualidade

O POVO ligou para quatro postos de saúde na Capital e não encontrou disponibilidade de vacina. Falta seria por causa de reprovação em testes de qualidade, que demandaram nova aquisição
14:35 | Jan. 06, 2020
Autor Redação O POVO
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Tipo Notícia

A vacina pentavalente, que protege crianças de cinco doenças bacterianas - meningite, tétano , difteria, coqueluche e hepatite B - está em falta em postos de saúde de todo o País. Segundo a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), o repasse, que é realizado periodicamente pelo Ministério da Saúde (MS), sofreu uma interrupção e a última remessa foi recebida em outubro de 2019. O motivo, segundo o MS, seria a reprovação da vacina em testes. O POVO entrou em contato com quatro postos de saúde na Capital e em todos foi confirmada a falta da vacina. 

Renato Kfouri, presidente do Departamento Científico de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), afirma que nenhuma das doenças que podem ser prevenidas pela vacina está erradicada do Brasil, e a maioria delas é causada por bactéria. “A coqueluche e a difteria faz alguns anos que não aparecem casos no País, mas é um risco”, afirma. A imunização é aplicada em três doses, ao dois, quatro e seis meses de vida.

Através de nota, o Ministério da Saúde informou que distribuiu mais de 4,7 milhões de doses da vacina pentavalente aos estados em 2019. Para o Ceará, foram enviadas 198.629 doses. Uma nova remessa aguarda parecer da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) para posterior liberação da Anvisa. "Tão logo essas doses sejam liberadas para uso, serão distribuídas aos Estados. A previsão é iniciar o processo de regularização da distribuição ainda neste mês de janeiro", avisa a nota.

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Vacina reprovada

Ainda segundo o MS, a remessa de vacina pentavalente, adquirida por intermédio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), foi reprovada em testes de qualidade feitos pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) e análise do Ministério da Saúde. Por este motivo, as compras com o antigo fornecedor, a indiana Biologicals E. Limited, foram interrompidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que pré-qualifica os laboratórios.

A pasta solicitou reposição do fornecimento à Opas, porque a vacina não é fabricada no Brasil. Foi feita nova aquisição de 8 milhões de doses e as imunizações começaram a chegar de forma escalonada em agosto de 2019 no Brasil. De acordo com o Ministério, quando os estoques forem normalizados, o Sistema Único de Saúde (SUS) fará busca ativa pelas crianças que completaram dois, quatro ou seis meses de idade, para vaciná-las.

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