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Violência na internet é tema de debate no Espaço O POVO de Cultura e Arte

Evento faz parte de mais uma experiência transmidiática do jornal O POVO. Dois podcasts, um especial digital e uma campanha nas mídias sociais integram o projeto
23:27 | Dez. 19, 2019
Autor O Povo
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Tipo Notícia

Com entrada gratuita e aberto ao público, o debate sobre violência na internet aconteceu nesta quinta-feira, 19, no Espaço O POVO de Cultura e Arte. Estiverem presentes o ator e advogado Haroldo Guimarães, que também participou da edição especial do programa Debates do Povo, a professora universitária e blogueira feminista Lola Aronovich e o jornalista Émerson Maranhão.

Mediado por Regina Ribeiro, jornalista da casa, o encontro serviu para o compartilhamento de experiências vividas pelos convidados. A conversa girou em torno do discurso de ódio sofrido na internet, sobre a atuação das instituições frente a esses casos e o cuidado ao publicar conteúdo nas redes sociais.

Após ser vítima de misoginia em seu blog, Lola conheceu um movimento cibernético conhecido como "masculinistas", em que homens propagam discurso ofensivo às mulheres. Os "mascus", como a professora os chama, usaram a internet para propagar comentários mentirosos e desrespeitosos à professora. Ela chegou a fazer 11 boletins de ocorrência (B.Os), mas percebeu que a “Polícia Federal não tem tanto interesse em fazer algo frente a denúncias de misoginia”. Além disso, a blogueira comentou que as perseguições tem aumentado desde às eleições de 2018.

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Émerson Maranhão teve uma de suas produções audiovisuais censuradas. A série de TV “Transversais” fala de cinco transgêneros que moram no Ceará. Depois de uma live do presidente Jair Bolsonaro divulgando a lista de censurados da Ancine, dentre eles essa produção, o jornalista se pronunciou em uma de suas redes sociais e, “em questão de minutos, a caixa de mensagens do Facebook encheu-se de insultos”. Por orientação jurídica, Émerson teve de fechar sua conta e repensar em como tocaria sua vida a partir desse episódio.

O mestre em Direito Constitucional Haroldo aponta que as instituições policiais não fazem questão de investigar esses casos. “Quando a gente chega para fazer uma denúncia, eles dizem que isso é normal”. Para Émerson, o ódio nunca esteve tão evidente. "As pessoas não são mais empáticas, elas perderam a vergonha de odiar”. Já Lola acredita que esse discurso sempre existiu, mas hoje ele tem um alcance muito maior com a ascensão das redes sociais. Além disso, “o anonimato contribui para esse discurso ofensivo sem precedentes”.

Projeto Transmídia

Lançado na última segunda-feira, 16, o especial "Violência na Internet" conta histórias, depoimentos anônimos e informações sobre como as pessoas podem denunciar e buscar ajuda em casos de cyberbullying. O podcast “O Orgulho Contra-Ataca” foi criado com o objetivo de trazer vozes LGBTs, de negritude e de feminismo para a cultura pop e tem um episódio voltado para a temática. Já o podcast "Assim Caminha a Humanidade" fez um resgate acerca da origem do cyberbullying e da violência praticada na internet. Com o produto se aventura nas áreas de Filosofia, Mitologia e Psicologia e discute temas como machismo, racismo e homofobia.

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