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Hospitais públicos e particulares serão ranqueados

I QUALIDADE DE SERVIÇO I Secretaria da Saúde do Ceará vai criar ranking para avaliar desempenho de unidades públicas e privadas. Projeto seguirá para Assembleia na próxima semana

A rede de saúde estadual está utilizando métodos de compliance (adequação a leis e regulamentos externos e internos) para a gestão, iniciativa que está sendo apresentada como experiência modelo por ter conseguido, dentre outros itens, aumento de 30% no número de procedimentos realizados, com taxa de ocupação média das salas de cirurgia indo de 26% para 50%.

O acréscimo de apenas 5% no orçamento estadual para a saúde em relação a 2018 também foi destacado pelo secretário Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho, o Cabeto. Segundo o secretário, tradicionalmente, o orçamento tem acréscimos maiores, dados os custos com reposição de pessoal aposentado a cada ano e inflação de insumos usados na saúde, que é de 12 a 15%, ultrapassando a taxa de inflação média.

"Subir o orçamento em apenas 5% significa que se melhorou a eficiência do sistema, que é o principal objetivo do sistema de saúde. Houve também redução na quantidade de terceirizados e as cooperativas não aumentaram o custo. Já o custeio de insumos hospitalares aumentou porque o número de procedimentos aumentaram", enumera Cabeto. O secretário afirmou que desde o início deste ano, a pasta passou a trabalhar com indicadores de qualidade, como tempo de permanência hospitalar, mortalidade, taxa de ocupação de leitos, ocupação de centro cirúrgicos e densidade de infecção.

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"Se conseguíssemos reduzir em 10% o tempo de internação, agregaríamos quase 300 leitos ao sistema. No Hospital Geral de Fortaleza (HGF), uma das unidades que estão aplicando o método, reduziu-se o tempo de internação em um dia e meio", observa o secretário. Atualmente, a gestão otimizada está sendo realizada também no Hospital Geral Dr. César Cals, Hospital de Messejana e Albert Sabin, e a previsão é que o modelo seja levado aos outros hospitais pólos do estado. Por isso o Governo Levou à Assembleia (a lei foi aprovada em setembro) uma proposta de novo organograma que obedeceria as regras de compliance para o controle do sistema de saúde.

"Queremos levar a interiorização por completo, por meio das cinco macrorregiões de saúde (Fortaleza, Sobral, Sertão Central, Litoral Leste/Jaguaribe e Cariri). Vamos finalizar cinco Unidades de Tratamento Intensivo em junho de 2020 e nos próximos quatro anos, mais 20. Isso vai mudar o perfil de complexidade do hospital regional", afirma. "A meta para 2020 é melhorar a eficiência em 20%, o que significa não aumentar o custo, porque estamos falando em preencher 'vazios assistenciais', ou seja, o objetivo é atender mais com o mesmos recursos", afirma. A Sesa firmou parcerias com três instituições para a implantação do modelo de gestão no Ceará - Fundação Dom Cabral, Sistema Einstein de Gestão e uma entidade ligada ao governo de Portugal.

Outra inovação destacada pelo secretário é a criação de um ranking para avaliar o desempenho de todas as unidades de saúde públicas e privadas no Ceará. A Sesa espera enviar para a Assembleia Legislativa, até a semana que vem, o projeto de lei que trata do assunto. "Vamos ser o primeiro estado brasileiro a fazer esse ranking. Os critérios de avaliação vão ser disponibilizados ao público e deverão expor critérios de eficiência, extraídos a partir de avaliações trimestrais, utilizando também as pontuações dos usuários em relação a essas unidades. Assim, saberemos as mais bem avaliadas - as que não alcançarem perfil adequado, a Sesa fará um plano de recuperação para garantir a eficiência", garante.

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