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Banho de mar, música e exercícios reúnem idosos na Praia de Iracema

Atividades reuniram cerca de 130 pessoas acima dos 60 anos para celebrar a alegria, a vontade de viver e a busca pelo respeito. Três grupos se encontraram no Aterrinho da Praia de Iracema ainda dentro do espírito de celebração do Dia Mundial do Idoso, comemorado a cada 1º de outubro
00:00 | Out. 04, 2019
Autor Angélica Feitosa
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Tipo Notícia

Nesta sexta-feira, 4, alegria não faltou na vida da aposentada Irene Rodrigues, 66. Parte do grupo de idoso do Centro Dia, da Barra do Ceará, que foi à Praia de Iracema para fazer atividades ainda em celebração ao Dia Mundial do Idoso (1º de outubro), ela era das mais animadas. “Fazia tempo que eu não vinha aqui e vou poder molhar os meus pés no mar. É bom demais. Se eu pudesse, passava o dia todo na água”, comemorou.  A descoberta da felicidade veio para ela somente com a chegada da terceira idade. Antes, segundo conta, vivia em uma tristeza que beirava a depressão. 

O Centro Dia da Barra foi um dos três grupos de idosos que escolheram o oceano para celebrar. Um total de 130 pessoas, a partir de 60 anos, dos bairros José Walter, Antônio Bezerra e Barra do Ceará foram até a Praia de Iracema para fazer parte do projeto Praia Acessível, mas não só. Eles participaram de aulas de fisioterapia com alunos e uma professora da Centro Universitário Católica de Quixadá (Unicatólica), fizeram aula de meditação e assistiram à apresentação da banda de idosos Geração 1000.

As atividades começaram com uma prática de meditação. Em seguida, pandeiro e violão da banda formada por pessoas com mais de 60 anos coloriram a areia. Aldenora Francisca Lima, 73, também não se importou de mesmo com a roupa da apresentação de xaxado se benzer e entrar no mar, numa cadeira anfíbia do Praia Acessível. “Muito obrigada, meu amigos, por essa oportunidade. Fazia anos que eu não sentia a água nos meus pés. E ela é uma delícia”, agradece aos agentes do Corpo de Bombeiros Militar. “A vista lá dentro do mar pra praia é tão bonita. Eu tinha me esquecido disso”, sorriu.

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Para a titular da Secretaria da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos (SPS), Socorro França, ações como essa no aterro reverberam não só durante a execução da atividade, mas se multiplica para o convívio em casa, com a família. “A primeira coisa é tratá-los com dignidade, respeito. A tecnologia permite levá-los para tomar banho de mar. Quantas vezes eles imaginariam que iriam entrar no mar outra vez?”, frisou. A secretária afirma que a ideia é que o projeto Praia Acessível seja estendido para as cidades de Aracati, no litoral leste, e para Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).

Promotor de Justiça Hugo Porto, coordenador do Centro Operacional de Cidadania (CaoCidadania) do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) defende que cidades inteligentes têm acessibilidade para atender a todos. “Quando uma cidade não se esforça para se tornar mais acessível em todos os aspectos, no lazer inclusive, ela não é uma cidade inclusiva. Isso é o mais puro respeito à dignidade da pessoa, principalmente quando a gente fala em cidades inteligentes”, classifica.

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