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Pleno do Tribunal de Ética confirma afastamento de advogado flagrado com bilhetes de detentos

Medida aprova decisão monocrática tomada pelo presidente do órgão disciplinar da entidade. Advogado Alaor Júnior não pode exercer atividade por um ano

Por unanimidade, o Pleno do Tribunal de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Ceará (OAB-CE), referendou, nesta terça-feira, o afastamento do advogado Alaor Patrício Júnior da atividade. Com a confirmação, ele estará impedido, por 12 meses, de exercer a advocacia em todo o território nacional.

Na última terça-feira, dia 24, Alaor foi preso em flagrante na saída da Casa de Privação Provisória de Liberdade Agente Elias Alves da Silva (CPPL IV), em Itaitinga. Ele estava com papéis escondidos na cueca, escritos com mensagens que seriam levadas a criminosos do lado de fora da penitenciária. No seu paletó, havia seis folhas de papel ofício e quatro canetas.

A proibição ao advogado havia sido anunciada monocraticamente, na quinta-feira passada, pelo presidente do Tribunal, Josué Lima. Simultaneamente, foi aberto Processo Administrativo Disciplinar (PAD), que poderá resultar em sua exclusão definitiva dos quadros da Ordem (registro nº 39422). "Esperamos concluir a instrução processual e julgar antes de 12 meses", afirmou Josué Lima.

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A prisão de Alaor aconteceu pouco dias depois do início da série de atentados registrada na Capital e Interior do Estado. Não foi confirmado pelas autoridades penitenciárias se o advogado havia sido emissário de ordens para os ataques incendiários.

Sua visita foi a quatro detentos da unidade, que ele afirmou não conhecer. No depoimento tomado na Delegacia de Itaitinga, Alaor alegou ter sido ameaçado, não revelou nomes de quem o ameaçava e disse não saber o teor das mensagens encontradas.

Alaor foi autuado por integrar organização criminosa e por associação para fins de tráfico. Ele tem 25 anos de idade e exercia a advocacia há apenas um ano e meio. O POVO apurou que ele já deu entrada no sistema prisional estadual. Está preso na CPPL V, em Aquiraz.

No dia 16 de setembro, um outro preso foi descoberto recebendo mensagens em bilhetes dentro da cadeia, no Centro de Detenção Provisória (CDP), em Aquiraz. Os papéis estavam na boca do detento. Os agentes penitenciários teriam notado o material pouco depois da visita de um outro advogado. Não houve o flagrante, mas o advogado - que não teve o nome revelado - também responderá a Processo Administrativo Disciplinar, já instaurado pelo Tribunal de Ética da OAB-CE.

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