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Defesa do ex-diretor jurídico da Companhia Docas preso em Fortaleza pedirá liberdade dele ainda hoje

Conforme a PF, ele estaria envolvido em esquema de fraudes que supera R$ 100 milhões. A cifra foi calculada após depoimentos obtidos por meio de acordos de delação premiada

Preso nesta quinta-feira, 22, em Fortaleza, o ex-diretor jurídico da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Gabriel Nogueira Eufrásio, pode ser libertado ainda hoje, segundo a defesa do suspeito. Ele já havia sido detido pela Polícia Federal (PF) em outubro do ano passado na primeira fase da Operação Tritão, mas ganhou liberdade dias depois da captura, mediante pagamento de fiança no valor de R$ 120 mil. Eufrásio é suspeito de envolvimento com fraudes em licitações e contratos na estatal. O prejuízo estimado pelo suposto esquema fraudulento supera R$ 100 milhões. 

O ex-diretor jurídico foi o único preso no Ceará na Operação Círculo Vicioso, parte da segunda fase da Operação Tritão, autorizada pela 5ª Vara Federal de Santos. Ele foi citado em delações premiadas firmadas nas investigações. Nesta manhã, o suspeito prestou depoimento aos investigadores, na sede da Superintendência da PF no Ceará. Ao todo, na operação, foram 21 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão. Os outros alvos estavam em São Paulo, Santos, Guarujá, Ilha Bela, Bragança Paulista, Serra Negra e Duque de Caxias.

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De acordo com a defesa de Eufrásio, representada em Fortaleza pelo advogado Leandro Vasques, não há motivos para que seu cliente continue preso. "Ele não integrava o núcleo duro, deliberativo, da Companhia, não tinha poder de decisão, era simplesmente um superintendente jurídico, um parecerista, não opinava nas decisões", argumentou Vasques logo após o depoimento.

Conforme o advogado, Eufrásio foi preso em casa, não ofereceu resistência e colaborou com a Polícia. No depoimento, respondeu a todas as perguntas do delegado, garantiu Vasques. "O mandado de busca e apreensão já foi cumprido, ele colaborou no depoimento e tem cumprido rigorosamente as medidas cautelares: não tem contato com os outros investigados e se recolhe no período noturno. Por isso, vamos pedir ainda hoje o relaxamento dessa prisão", disse o advogado. 

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Alvos

Entre os alvos está ainda um ex-deputado federal paulista Marcelo Squassoni (PRB). Ele teria participado do esquema enquanto ocupava a presidência da Câmara de Vereadores do Guarujá. De acordo com as investigações, o político foi responsável pela indicação de membros da antiga diretoria da Codesp e era conivente com a corrupção. “As irregularidades envolveram o direcionamento de licitações em troca de vantagens ilícitas como o pagamento de propinas e a liquidação de despesas pessoais dos envolvidos. Entre empréstimos e bens utilizados, o ex-deputado recebeu R$ 1,6 milhão”, diz o Ministério Público Federal.

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