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Conheça os espaços abertos para visitação no navio-escola uruguaio atracado em Fortaleza

Ele ainda deve passar por outros 18 países. Fortaleza é a segunda cidade da expedição e no Brasil. De Montevidéu, capital uruguaia, o Rio de Janeiro foi a primeira cidade a receber o navio-escola do Uruguai.
21:55 | Jun. 13, 2019
Autor Ítalo Cosme
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Ítalo Cosme Repórter
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Tipo Notícia

O POVO Online esteve no navio-escola Capitán Miranda nesta quinta-feira, 13, durante o primeiro turno de visitação do veleiro, aberto gratuitamente até as 11h30min desta sexta-feira, 14, no Terminal Marítimo de Passageiros, em Fortaleza. A visita foi guiada pelo guarda-marinha, Federico Flores, do Corpo de Engenheiros em Máquinas e Eletricidade, da Marinha do Uruguai.

O navio, construído em 1930 para pesquisas hidrográficas, tem capacidade para 82 tripulantes, mas está na capital cearense com 77, e realiza a 31ª Viagem de Instrução de Guardas-Marinha da Marinha do Uruguai. Desde 1978 é navio-escola. O nome homenageia o hidrógrafo Francisco Prudêncio Miranda.

A função do projeto é instruir os militares novatos, guarda-marinhos como Flores, e ser embaixador itinerante dos mares, como uma missão diplomática. "É um pedaço do Uruguai correndo de porto em porto, como uma embaixada que se move de um país a outro", resume o guia desta viagem. 

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Ele ainda deve passar por outros 18 países. Fortaleza é a segunda cidade da expedição e no Brasil. De Montevidéu, capital uruguaia, o Rio de Janeiro foi a primeira cidade a receber o navio-escola do Uruguai. 

Abaixo cinco espaços permitidos e apresentados pela tripulação.

1.Ponte de comando ou passadiço

mesa de comando é o GPS para o comandante e os dois oficiais de guarda
mesa de comando é o GPS para o comandante e os dois oficiais de guarda (Foto: Italo Cosme/ especial para o povo)

O primeiro espaço apresentado pelo guia é o passadiço, onde fica o comandante da embarcação e dois oficiais de guarda. O local dispõe de três poltronas, duas à frente, e uma atrás, vista a uma mesa cheia de botões, instalado o GPS da equipe. Os responsáveis também carregam consigo o desenho do mapa com a rota da tripulação.

Além do GPS, especialistas verificam todos os sinais dos ventos, do mar, do tempo e até das estrelas para seguir mar adentro.

Nesta quinta, Davi Leão, de 4 anos, e o pai Emerson Leão, de 39, estiveram na cabine para conhecer o veleiro-escola do Uruguai.

2.Coberta

dois mini canhões utilizados para atirar 21 vezes na chegada ao porto a ser atracado
dois mini canhões utilizados para atirar 21 vezes na chegada ao porto a ser atracado (Foto: Italo Cosme/ O POVO)

Onde ficam quatro das sete velas da embarcação. Suspender esses panos serve para movimentar o barco, de acordo com a movimentação dos ventos. Neste espaço também ficam dois mini canhões. Eles foram utilizados para ‘salvar’ 21 tiros de canhões na chegada a Fortaleza, como demonstração de respeito e honra pela cultura local. A prática também é repetida em solo pelo porto anfitrião na chegada dos visitantes.

Caso o barco afunde, bolsas salva-vidas são liberadas na água e saem botes infláveis, para as pessoas fiquem dentro.

bolsas salva-vidas que liberam botes infláveis quando jogadas ao mar
bolsas salva-vidas que liberam botes infláveis quando jogadas ao mar (Foto: Italo Cosme / especial para O POVO)

Este espaço também é usado para reunir toda a tripulação e tratar de temas pertinentes a convivência, deixar a par sobre o que ocorreu em outros espaços do navio.

3. Polpa

Uma das dispensas do navio fica atrás do 2° Timão, localizado no mesmo espaço onde são ofertadas solenidades e festejos para autoridades
Uma das dispensas do navio fica atrás do 2° Timão, localizado no mesmo espaço onde são ofertadas solenidades e festejos para autoridades (Foto: Italo Cosme/ especial para O POVO Online)

Esta é a parte traseira do navio. Onde fica o 2° Timão, objeto utilizado em casos de emergências, para controlar direção do veleiro. Lá também ocorrem solenidades e festejos para celebração com autoridades. Atrás do objeto está uma das dispensas do Navio. 

Na noite desta quinta-feira, o comandante do navio, os capitães Rodolfo Grolero, do navio uruguaio, e Madson Cardoso Santana, da Capitania dos Portos de Fortaleza, recepcionam autoridades da capital cearense. Tripulantes e militares de Fortaleza estão escalados para acompanhar a solenidade também.

4. Espaço de convivência, mais conhecido como cafofo

Festas durante as viagens são feitas nesses locais
Festas durante as viagens são feitas nesses locais (Foto: Italo Cosme/especial para O POVO)

Reservado ao descanso de Marinheiros e para festejos. Durante visita guiada, devido às chuvas que atingiam a Capital cearense, bebidas uruguaias, bonés, livros e peças históricas estavam expostos no local.

5. Proa

Navio-escola está atracado em Fortaleza
Navio-escola está atracado em Fortaleza (Foto: Italo Cosme/ especial para O POVO)

É a frente do navio escola. A primeira vista de que está na cabine. Onde ficam as três velas do barco. Neste local, há um dos cinzeiros improvisados para os tripulantes.

“É um pouco do nosso estilo de vida. É diferente viver na terra. Ás vezes, é mais fácil viver no mar”, confessa o guarda-marinha Flores. Para ele, tudo em Fortaleza é novo, apesar das chuvas nos últimos dias. “Não considero perdido os dias, não me prejudica, tudo é novo e eu gosto de conhecer as coisas”.

No dia a dia, Flores é encarregado tudo a que relacionado a motores, a controlar e contribuir sob a vista de um dos seus superiores. O jovem ingressou em dezembro de 2018 e desde de janeiro está em janeiro no navio-escola.

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