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Corrida contra o cigarro reúne cerca de 200 pessoas na Praia de Iracema

Sociedade Brasileira de Cardiologia do Ceará realizou o evento em referência ao Dia Mundial Sem Tabagismo, no dia 31 de maio. Entidade fez ação no intuito de divulgar os malefícios do cigarro
10:18 | Jun. 01, 2019
Autor O Povo
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A manhã deste sábado, 1°, começou cedo para os corredores que participaram da ação da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SPC), regional do Ceará, para chamar a atenção contra os problemas de saúde causados pelo tabagismo. Às seis horas da manhã, cerca de 200 pessoas se concentraram para correr 4,5 quilômetros entre o espigão da avenida Rui Barbosa e a Ponte Velha, na Praia de Iracema.

“Estava esperando tomar um banho de sol, mas tomamos um banho de chuva”, brinca a dentista Kenia Araújo, 29, que considera importante a realização da corrida como “uma forma de incentivar a prática de atividades físicas, além de conscientizar contra o tabagismo” e tenta sempre participar de ações como essa.

A conscientização sobre os malefícios do cigarro foi o principal objetivo da SBC nessa segunda edição da corrida contra o tabagismo, explica a presidente da entidade no Ceará, Maria Tereza Sá Leitão. “O cigarro causa doenças cardiovasculares, como infarto, AVC (Acidente Vascular Cerebral), além de doenças vasculares periféricas e doenças do pulmão crônicas, como DPOC, que é a doença pulmonar obstrutiva crônica. Também causa o câncer de pulmão, enfisema e câncer em outros órgãos como bexiga, rins, pâncreas, faringe, cordas vocais, boca, língua”, cita.

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Alencar explica que a escolha da modalidade da campanha contra o tabagismo, a corrida, foi feita para demonstrar os efeitos do cigarro e as diferenças entre o corpo de um fumante e um não-fumante. “O exercício que puxa mais do pulmão é a corrida. Por isso, a gente quis mostrar realmente que a pessoa saudável consegue correr bem, mesmo que ela não seja treinada”, ressalta. Na ação, foram doados também 150 quilos de alimento para o Lar Amigos de Jesus e a Toca de Assis. 

No Brasil, 428 pessoas morrem por dia em razão da dependência à nicotina, o que representa 12,8% das mortes por ano. O país gasta um total de R$ 56,9 bilhões por ano com despesas médicas e perda de produtividade. Ao todo, 156.216 mortes anuais poderiam ser evitadas sem o tabagismo. Os dados são do Instituto Nacional do Câncer (Inca) e foram divulgados em outubro de 2018.

A coordenadora do Programa de Tabagismo da Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), Eurice Marques, afirma que a pasta tenta contribuir com as diversas ações de sociedades médicas para a divulgação dos malefícios do tabagismo. “O que a gente quer de fato é que a indústria tabageira não traga para ela os futuros fumantes, que são nossas crianças, pré-adolescentes e adolescentes”, destaca.

Percebendo a importância, a aposentada Maria Luiza Araújo, 76, esteve na corrida com os netos. “Apesar de todo dia eu fazer caminhada, também me interessei muito em vir para cá. (É uma campanha) Muito importante. Por isso, também trouxemos as crianças. Meus dois netos estavam muito empolgados, correram bastante, mesmo debaixo de chuva”, narra.

Eurice Marques explica ainda que, aqueles que fumam, tendem a fazê-lo por muitos anos, às vezes décadas, e “muitas vezes não conseguem parar, precisa de ajuda profissional, porque você não consegue largar o vício sozinho”. Por isso, a necessidade de alertar os mais jovens quanto aos danos à saúde causadas. “O cigarro tem 4.700 substâncias tóxicas, dentre elas as cancerígenas”, relata. Ela explica ainda que há outras formas de fumar, como o narguilé e o cigarro eletrônico, igualmente perigosos.

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