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Proposta para Praia do Futuro prevê limite de tamanho para barracas e areia livre para banhistas

As diretrizes estão na proposta de edital que selecionará ideias para a reestruturação da Praia do Futuro. Conheça as propostas para o novo ordenamento das barracas
12:02 | Abr. 26, 2019
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A Praia do Futuro pode ganhar novo visual em breve. Nessa quinta-feira, 25, foi aprovado, em fórum organizado pelo Ministério Público Federal (MPF) em Fortaleza, o termo de diretrizes que vai sustentar as ideias de projetos arquitetônicos para o local. Firmados por instituições públicas e privadas, estão entre os objetivos a delimitação do tamanho e a realocação das barracas; a preservação visual do mar; e a manutenção de faixa de areia livre para uso dos banhistas.

O Fórum Permanente para a Requalificação da Praia do Futuro se reuniu na quinta-feira, 25. No prazo de até 90 dias, o MPF vai analisar, juntamente com a Advocacia-Geral da União (AGU), a proposta final do projeto. Após esse período, serão concedidos mais 90 dias à seccional cearense do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB-CE) e à Prefeitura de Fortaleza, que ficarão responsáveis pela elaboração de edital para selecionar as melhores ideias para estruturar a praia.

O edital vai servir para a elaboração de um concurso nacional em que iniciativas poderão sugerir proposições sobre como melhor qualificar o espaço. Para participar da seleção, os interessados deverão apresentar ideias que vão ao encontro daquilo proposto pelo termo de referência aprovado pelo fórum.

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As diretrizes gerais do projeto abordam aspectos culturais, históricos, paisagísticos e os potenciais econômicos e turísticos do local. “Respeitando a identidade da Praia do Futuro”, como justifica o documento. Candidatos também devem apresentar sugestões em relação a (ao):

Design dos equipamentos, priorizando a sustentabilidade quanto ao consumo de água e energia, contando ainda com a acessibilidade dos edifícios;

Áreas verdes, preservando a flora nativa, bem como árvores de grande e médio porte existentes no local, devendo ainda aproveitar ou transplantar vegetação herbácea;

Barracas, que serão padronizadas em três tamanhos de Registro Imobiliário Patrimonial (RIP), a serem concedidos após o processo de negociação entre as partes. Assim, os estabelecimentos terão altura máxima de 9 metros, entre os tamanhos: 500 m², 1.000 m² e 1.500 m². Todas as barracas, obrigatoriamente, deverão ser de uso exclusivo da gastronomia e do lazer recreativo e contemplativo;

Mobiliário urbano, devendo ser criados banheiros, áreas esportivas, bicicletários, entre outros equipamentos, prevendo também pequenos espaços, de até 25 m², para implantação de atividades de comércio e serviço de apoio;

Mobilidade urbana, priorizando entre os meios de locomoção o sistema cicloviário, considerando as políticas da Capital, observando as propostas do Plano Fortaleza 2040 e a legislação municipal e ambiental.

Procurador da República, Alessander Sales afirmou ao O POVO Online que, por meio do fórum, será possível chegar ao diálogo que privilegia os entes da sociedade envolvidos e interessados naquele espaço. “A nossa expectativa é de termos um projeto definitivo entre as instituições que representam a sociedade local. O melhor para a Praia do Futuro é o projeto arquitetônico que vai sair dessas discussões”, analisou.

Já Maurício Rossi, empresário e dono de barraca há 20 anos, disse acreditar que o projeto será “muito bom”, uma vez que hoje a Praia do Futuro estaria “meio feia”. “Com esse acordo, cria-se esse novo espaço, que vai ser benéfico para todo mundo”, planejou.

O projeto arquitetônico de “requalificação” da Praia do Futuro corresponde entre a rua Ismael Pordeus e a foz do Rio Cocó.

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