Homem é condenado a 18 anos por assassinato da própria mãe
Ela foi espancada pelo filho no bairro Quintino Cunha, em FortalezaO Conselho de Sentença da 4ª Vara do Tribunal do Júri de Fortaleza condenou, na noite dessa terça-feira, 19, Francisco das Chagas Mesquita de Sousa, 23, pelo assassinato de Ila Maria Mesquita, sua mãe. Mesquita cumprirá 18 anos e 9 meses de reclusão em regime fechado por homicídio qualificado pela crueldade e pelo feminicídio.
Na manhã de 5 de setembro de 2016, Ila Maria foi espancada pelo filho no bairro Quintino Cunha. Diante dos gritos da vítima, vizinhos teriam acionado a polícia, entretanto não conseguiram identificar o local onde as agressões estavam ocorrendo. Por volta das 18h30 do mesmo dia, a vítima começou a passar mal em decorrência das lesões sofridas e foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU). Apresentando traumatismo craniano e lesões pelo corpo, a mulher foi levada ao hospital Instituto Dr. José Frota (IJF). Cinco dias depois, Ila Maria faleceu em decorrência de complicações causadas pelas lesões sofridas.
O acusado, foragido, foi preso em janeiro de 2017. Levado a julgamento, o júri reconheceu que o réu praticou o crime por motivo torpe (aquele que é moral e socialmente repudiado): desejava o dinheiro que a mãe recebia de um benefício e seria sacado no dia do crime. Os jurados ainda reconheceram que o crime foi praticado com crueldade e no contexto de violência doméstica e familiar contra a mulher. Foi negado ao réu o direito de recorrer em liberdade.
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AssineDurante o julgamento, o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) defendeu que a melhor forma de quebrar o ciclo de violência é denunciar a violência doméstica contra a mulher e solicitar medidas protetivas urgentes. O MPCE ainda argumentou que, em alguns casos, o agressor deve ser preso a fim de evitar violência mais grave, inclusive a morte.
Redação O POVO Online
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