PF cumpre mandados de prisão contra empresários suspeitos de fraudes em compras de próteses
Segundo a investigação, os envolvidos teriam recebido cerca de R$ 1,8 milhão com os negócios indevidos
Atualizada às 18h49min
Dois mandados de prisão são cumpridos pela Polícia Federal nesta quinta-feira, 14, contra empresários suspeitos de fraudes na aquisição de materiais médico-cirúrgicos no Ceará. Outros 26 mandados de busca e apreensão e de sequestro de bens de 14 envolvidos também serão cumpridos pela PF na operação batizada Fratura Exposta. Segundo a investigação, os envolvidos teriam recebido cerca de R$ 1,8 milhão com os negócios indevidos.
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A operação investiga médicos ortopedistas ligados ao Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com a PF, os profissionais articulavam compra de produtos, como próteses ortopédicas, fornecidos por uma empresa importadora em troca de comissões. Eles atuavam em hospitais como o Instituto Doutor José Frota (IJF), o Hospital Geral de Fortaleza (HGF) e o Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC).
Após denúncia recebida em 2016, a Polícia Federal passou a investigar procedimentos cirúrgicos feitos pelo grupo de médicos de 2013 a 2018. Em um período de dois anos, é estimado que os médicos tenham recebido quase R$ 2 milhões.
Além de responder por associação criminosa, os envolvidos podem receber penas por corrupção ativa e passiva.
Em nota enviada ao O POVO Online na noite desta quinta, a Polícia Federal esclareceu "que não houve mandado de prisão temporária contra médicos", como havia sido informado anteriormente, e "sim em desfavor de empresários envolvidos na associação criminosa".