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Inspetor da PRF é condenado pelo assassinato de comerciante; crime ocorreu em 2010

O julgamento que condenou Alisson foi conduzido pelo juiz Saulo Belfort da Comarca de Paramoti na noite dessa quarta-feira, 30
18:53 | Jan. 31, 2019
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O inspetor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Alisson Francelino Primo, foi condenado a 14 anos de prisão pelo homicídio qualificado do comerciante Francisco Benedito Barbosa Gama. O crime aconteceu em 25 de julho de 2010 na Fazenda Tigre, Zona Rural de Paramoti. Na mesma ocasião, Alisson ainda tentou matar João Batista Cardozo, que conseguiu fugir do local. No entanto, o inspetor foi absolvido pela tentativa de assassinato.

O julgamento que condenou Alisson foi conduzido pelo juiz Saulo Belfort da Comarca de Paramoti na noite desta quarta-feira, 30. Para o promotor de Justiça designado para o Júri, Lucídio de Queiroz, o processo demorou muito tempo para ser julgado pois a defesa ingressou com inúmeros recursos.

“Mas o certo é que conseguimos que a Justiça fosse feita. Esperamos que população de Paramoti fique satisfeita com o trabalho do MP e do Judiciário e que o resultado do julgamento traga algum conforto para a família e também para a comunidade que perdeu uma pessoa tão querida na região”, disse Queiroz.

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O assassinato

De acordo com a denúncia do Ministério Público do Ceará (MPCE), Alisson, “sem que tenha havido qualquer motivo, efetuou vários disparos contra as vítimas. (…) Em seguida, se evadiu do local, momento em que a vítima sobrevivente narrou o fato para as pessoas na residência e saíram em busca de Benedito que foi encontrado agonizando na propriedade e levado ao Hospital de Canindé, porém não resistiu aos ferimentos”.

O promotor de Justiça à época do crime, Sérgio Peixoto, argumentou que as vítimas foram apanhadas desprevenidas, pois não esperavam tal ação criminosa dentro da própria propriedade de Benedito, que era um cidadão de bem, querido na cidade de Paramoti.

"Uma pessoa generosa e que servia de suporte para várias outras famílias. Sua morte foi uma perda inestimável, e ainda através da ação de uma pessoa que exercia o cargo de policial que, em vez de matar, deveria proteger inocentes”, argumentou o representante do MP.

Foi reforçado na ação criminal que Alisson, logo após cometer o crime, buscou criar uma tese de que teria agido em defesa pessoal. A tese foi apontada como "mentirosa e maldosa", já que ele afirmou ter sido vítima de uma tentativa de assalto. De acordo com o MP, a família da vítima foi constrangida pelos "colegas de farda" no hospital pela informação de que a vítima poderia ser um bandido.

 

 

Redação O POVO Online

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