Multidão lota rua José Avelino e comércio informal se espalha pela via
No último fim de semana antes do Natal, movimento foi intenso na tradicional rua de comércio popular de FortalezaMultidão lotou a rua José Avelino na noite deste sábado, 22, o último antes do Natal. Além dos galpões, as calçadas também ficaram tomadas por ambulantes, que comercializavam produtos livremente na via. A prática é considerada irregular pela Prefeitura e é motivo de impasse histórico entre comerciantes e Município.
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Segundo Eronilza da Silva, 49, proprietária de uma loja, o comércio na rua costuma ficar mais intenso nos dias em que ocorre a feira durante a madrugada, às quartas e sábados. “Aumenta também nos meses que chamamos de 'B-R-O bró' (outubro, novembro e dezembro)”, explicou.
Apesar do movimento intenso, o vendedor de bonés Eduardo Ribeiro, 19, contou que a expectativa é para que mais clientes passem pelo local até o último dia do ano. “Hoje mesmo ainda vai chegar muito mais gente, e no período entre o Natal e o Ano Novo deve aumentar também o número de pessoas passando por aqui”, disse. Segundo ele, a preocupação dos ambulantes é com a fiscalização. “Diminuiu um pouco nos últimos tempos, mas, às vezes, ainda tem alguns conflitos”, relatou.
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Requalificação
Em outubro de 2017, a Prefeitura de Fortaleza concluiu uma série de intervenções para requalificação da rua José Avelino e vias do entorno. Contudo, apesar de muitos feirantes que até então ocupavam a rua terem ido para o Centro Fashion e Centro de Pequenos Negócios, o comércio irregular continuou durante as obras e após a conclusão da intervenção.
No último dia 24/11, logo após o período conhecido como black friday, agentes da Guarda Municipal (GMF) e ambulantes entraram em confronto. À época, a Secretaria de Segurança Cidadã (Sesec), informou que fiscais faziam trabalho de reordenamento na área quando teriam sido atacados por pedras e cocos jogados por feirantes. Em resposta, os agentes reagiram, disparando balas de borracha.
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Na noite deste sábado, O POVO Online visitou o local por volta de 20 horas e permaneceu até as 22 horas. Nenhum fiscal da Prefeitura foi visto na região. Apenas o segurança de um dos galpões pedia que ambulantes evitassem ficar parados em frente às lojas. A prática de não estabelecer ponto fixo na rua e ficar circulando entre os clientes enquanto anuncia os produtos é uma das táticas usadas pelos feirantes para driblar os fiscais.
Redação O POVO Online
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