Chuva causa transtornos e invade delegacia em Fortaleza e inunda rua de Jericoacoara
Os 89,6 milímetros (mm) de chuvas que caíram sobre Fortaleza até as 7 horas deste domingo, 23, já foram suficientes para provocar transtornos na Capital. Por volta das 9 horas, ruas do Conjunto Ceará estavam alagadas após o canal que atravessa o bairro transbordar. Delegacia no José Walter também sofreu os efeitos das precipitações. O 8º Distrito Policial ficou inundado devido às goteiras no teto.
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Em frente ao Centro das Tapioqueiras, no Eusébio, alagamento dificultou o tráfego tanto de carros particulares quando de ônibus. Conforme O POVO Online mostrou, as chuvas também causaram estragos em outras regiões do Estado. A principal rua de Jericoacoara ficou completamente inundada e a correnteza levou fios, bancos, lixo e outros materiais em direção ao mar.
As precipitações deste domingo foram previstas pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). Para o fim de semana, os meteorologistas indicavam céu aberto no sábado, 22, e nuvens carregadas no dia seguinte, permanecendo assim até a véspera do Natal, esta segunda-feira, 24.
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O cenário é resultado da maior influência da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) e do Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN). O primeiro sistema é o principal responsável pelas chuvas durante os meses de maiores precipitações no Ceará, entre fevereiro e maio. A ZCIT e o VCAN são indutores de chuvas, o que explica a nebulosidade neste domingo.
Conforme a Funceme, 24 municípios registraram chuvas. Fortaleza teve a maior quantidade, seguida de São Gonçalo do Amarante, com 87 mm. Os dados do órgão são computadores durante o período de 24 horas, sempre das 7 horas da manhã de um dia até o mesmo horário do dia seguinte.
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Confira as maiores chuvas registradas entre sábado e domingo:
Fortaleza: 89,6 mm
São Gonçalo do Amarante: 87 mm
Pindoretama: 67 mm
Amontada: 64 mm
Eusébio: 50 mm
Acaraú: 46,4 mm
Camocim: 40 mm
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Chuvas intensas
Na última sexta-feira, 21, a meteorologista da Funceme Meiry Sakamoto esclareceu que as chuvas registradas neste período de pré-estação não indicam se durante a quadra chuvosa haverá precipitações acima da média. "Em 2016, por exemplo, tivemos uma pré-estação com muita chuva e um dos anos mais secos", relembrou.
Redação O POVO Online