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Mais 20 médicos cubanos deixam o Ceará na noite desta quinta

Os profissionais atuavam em unidades de saúde de Iguatu e Palmácia, por exemplo
19:27 | Nov. 22, 2018
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Tipo Notícia
Em voo com destino a Manaus, pelo menos 20 médicos cubanos deixaram o Ceará pouco depois das 20 horas desta quinta-feira, 22. Os profissionais atuavam em unidades de saúde de Iguatu (Região Centro-Sul) e Palmácia (Região Metropolitana de Fortaleza), por exemplo. Na capital amazonense, eles devem ser submetidos a exames e avaliações para, então, serem liberados pelo Governo e voltarem a Cuba.
 
[SAIBAMAIS] 
Os cubanos compunham os quadros do programa Mais Médicos, no Ceará. Alguns deles começaram a trabalhar ainda em 2013 e foram chamados de volta após o governo de Cuba romper o acordo com o Brasil, apontando como motivo declarações do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), de que modificará termos e condições do programa

Funcionária de companhia aérea, que não quis ser identificada, conta que atendeu os médicos no embarque. “Eles são muito educados. Estavam bem chorosos, tristes. Uma delas (médicas) me disse que o governo avisou às pressas e tiveram de se desfazer das coisas”, dialoga a funcionária. No Aeroporto Internacional Pinto Martins, eles carregavam apenas o que podiam: malas e televisores, principalmente.

Mais Médicos
Cuba interpretou as declarações de Bolsonaro como "diretas, depreciativas e ameaçadoras" à presença dos médicos cubanos no Brasil. "As modificações anunciadas impõem condições inaceitáveis e violam as garantias acordadas desde o início do programa", em agosto de 2013, ainda no governo Dilma Rousseff. 

  
Segundo a Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa), o Estado deve perder 448 médicos cubanos, dentre os 1.229 profissionais atuando no Mais Médicos até outubro deste ano. Eles estiveram distribuídos entre 118 municípios cearenses. Fortaleza, Iguatu, Itapajé, Limoeiro do Norte e Morada Nova eram os municípios com o número maior de médicos.
 
Redação O POVO Online

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