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Mãe é presa após laudo do filho com paralisia cerebral constatar morte por inanição

A mulher tentava a liberação do corpo do filho na Pefoce quando foi presa em flagrante. O Departamento de Homicídios pediu um exame de sanidade mental
22:31 | Out. 03, 2018
Autor Jéssika Sisnando
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Jéssika Sisnando Repórter
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Tipo Notícia

Michael Jones dos Santos Meireles, de 21 anos, que sofria de paralisia cerebral, foi encontrado morto em uma quitinete no bairro João XXIII, em Fortaleza, nessa segunda-feira, 1º. O laudo cadavérico da morte do jovem constatou que o corpo permaneceu na residência por três dias e que a causa da morte foi inanição. Maria Leonilda dos Santos Meireles, mãe de Michael, foi presa na quarta-feira, 2, na sede da Perícia Forense do Ceará (Pefoce), depois que a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) teve acesso ao laudo.

 

De acordo com o delegado Renato Almeida, a Pefoce constatou que o rapaz havia morrido pela falta de alimentos. A vizinhança relatou que a mãe não era vista há alguns dias. Apesar da família ser reservada, o desaparecimento dos dois preocupou os moradores. "A gente recebeu (a informação) que havia um corpo de uma pessoa especial e passamos a diligenciar. Na Pefoce, soubemos que ele estava sem se alimentar e em estado de abandono. Ele não era capaz de satisfazer suas necessidades sozinho. Procuramos pela responsável, demos voz de prisão e trouxemos para a delegacia", ressaltou.

Na quitinete, onde os dois moravam há dois anos, foi constatado que o valor da conta de eletricidade era zerada. A situação chamou a atenção até dos policiais que estiveram no local de crime.

A princípio, conforme o delegado Leonardo Barreto, a morte era considerada suspeita. Com a vítima foi encontrada a quantia de R$ 2 mil e ela negou que o filho estivesse sem alimentação ou que tivesse permanecido três dias com o corpo na residência. Ela recebia um axílio por conta da condição do rapaz.  O Departamento de Homicídios pediu um exame de sanidade mental de Leonilda. Conforme o delegado, a mulher também aparentava sinais de desnutrição. 

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Na entrevista, foi relatado pela Polícia Civil que a adoção do jovem foi oficializada pela Justiça em 2013 e que Leonilda era irmã da mãe biológica.

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