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Após seis meses em falta, vacina BCG chega às clínicas particulares de Fortaleza

A vacina previne contra as formas mais graves de tuberculose e é indispensável para os recém-nascidos
19:41 | Out. 22, 2018
Autor Walber Freitas
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Walber Freitas Repórter
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Tipo Notícia

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A vacina BCG (bacilo de Calmette & Guérin) voltou a ser fabricada pela FAP (Fundação Ataulpho de Paiva) após seis meses. A interrupção na produção foi causada por falta de insumos importantes na composição da substância, segundo Juliana Farias, especialista em saúde da família e mestra em ensino e saúde, da Immune Vacinas. Um novo lote da BCG chegou às clínicas privadas de Fortaleza, na semana passada.

A FAP é o único laboratório brasileiro a fazer a substância. A BCG é essencial para a prevenção dos recém-nascidos, que devem receber a vacina nas primeiras 24 horas de vida. “O esperado era vacinar 95% dos bebês, mas somente 71% foram imunizados, segundo o Ministério da saúde, então temos que divulgar essa informação”, conta Juliana.

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A BCG é obtida através de bacilos vivos atenuados da cepa de Mycobacterium bovis. A especialista afirma ainda que a falta da vacina afetou também a rede pública, que teve de importar da Índia para suprir a demanda. "Ficou em falta no Brasil todo. A rede pública ficou com estoque baixo. Atualmente, importa de uma empresa indiana. Mesmo assim, está com o estoque limitado, atendendo uma vez por semana, isso no Brasil todo", ressalta.

Em 2018, o Ceará registrou 2.470 casos de tuberculose, sendo 51 óbitos, segundo a planilha semanal de atualização de Doenças de Notificação Compulsória do Governo do Estado. De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa), não há falta da vacina nos atendimentos públicos do Estado.

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