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Caminhoneiros descartam greve 'fake', mas cobram acordos fechados com Governo Federal; veja vídeo

Chorão, um dos líderes dos motoristas autônomos, pressiona e responsabiliza, em vídeo, o ministro dos transporte e ANTT caso tenha nova paralisação
10:49 | Set. 03, 2018
Autor Ítalo Cosme
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Ítalo Cosme Repórter
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Tipo Notícia

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Em vídeo, um dos líderes do movimento grevista de caminhoneiros autônomos no Brasil descartou a possibilidade de nova greve. Wallace Landim, conhecido como Chorão, cobra do Ministério do Trabalho e Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) o cumprimento de acordos estabelecidos na última greve, que durou 11 dias e parou o País. O próximo encontro de lideranças grevistas deve ocorrer em 12 de setembro, para pressionar a ANTT, em Brasília. 

“Dia 12 (de setembro), as lideranças que estiveram lá em Brasília vão decidir o que vai acontecer daí pra frente. Ministro do transporte, senhor (Valeter) Casemiro, olhe e ligue para a ANTT e pede para botar o trem para andar, senão o nome da greve vai ser Casemiro e Marcelo da ANTT”, afirma Chorão no vídeo. O caminhoneiro pede para que os valores cobrados por quilômetro rodado sejam fiscalizados e reajustados.
 
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Para evitar a paralisação, a ANTT informou que irá reajustar a tabela de preços mínimos de frete, por causa da alta recente de 13% no preço do diesel nas refinarias. Nesta segunda-feira, 3, técnicos da Agência se reúnem com o ministro do Transportes, Valter Casimiro Silveira, para definir a calibragem do reajuste.

Francisco Elder, que organizou o movimento grevista no Ceará e participou de negociações com a Polícia Rodoviária Federal (PRF),  disse que a informação é “fake das mídias”. “Até o presente momento, não há paralisação, em questão de rodovias, não tem nada disso. É tudo mentira”, comentou Elder. 
 
Thiago Diniz, caminhoneiro autonômo, acredita que o movimento está esperando a "força" das lideranças do Sul. De acordo com ele, a greve pode acontecer, mas deve iniciar na região Sul ou Sudeste, como a que ocorreu em maio deste ano. 
 
Ceará

Assessor econômico do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Ceará (Sindipostos-CE), Antônio José afirma que as informações chegadas até a entidade são apenas boatos. “Não temos o que fazer. Estamos como a população, na expectativa”, afirmou. O economista do Sindipostos-CE informa que os estoques de combustíveis totalmente abastecidos duram até cinco dias. 
 
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Diferentemente de outros estados do Nordeste, no Ceará não houve aumento da procura por combustível durante o fim de semana. De acordo com o representante do Sindipostos-CE, a procura foi “totalmente normal”. Em Pernambuco, por exemplo, após informação da possibilidade de parada dos motoristas, a população formou extensa filas de carros em postos, tnato no interior quanto na Capital, por receio de nova paralisação. 

“Para nós, que representamos os trabalhadores registrados, não há possibilidade de greve” informou o primeiro tesoureiro do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes de Mudanças, Bens e Cargas do Estado do Ceará (Sindicam-CE). O sindicato não representa os caminhoneiros que trabalham por conta própria e que não têm ligação com empresas. 

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