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TCE quer que novas armas adquiridas pelo Governo sejam periciadas em São Paulo ou Brasília

O objetivo é verificar se as armas oferecem algum risco a quem for manusear
09:57 | Ago. 10, 2018
Autor Jéssika Sisnando
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Jéssika Sisnando Repórter
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O Tribunal de Contas do Estado do Ceará (TCE) expediu ofícios ao Instituto Militar de Engenharia (IME), ao Instituto Nacional de Criminalistica (INC) e à Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMSP) para que se manifestem sobre a possibilidade da realização de uma perícia técnica na pistola p320, ofertada pela empresa Sig Sauer.

Conforme o TCE, se a resposta for positiva, o órgão solicita que sejam indicados os procedimentos e o prazo, além do eventual custo/ necessidade de se firmar um convênio para a realização da perícia. 

O promotor de Justiça Ricardo Rocha informou que no site do fabricante existe um alerta para o risco de disparo acidental em caso de quedas. A empresa fez um ajuste no equipamento para acionar uma trava interna e atender o edital. No entanto, como no produto original não existia trava, o MPCE vê a necessidade de uma nova licitação.

Em entrevista ao O POVO Online, o advogado Antenor Júnior, que faz a defesa dos atiradores esportivos e também participa do conselho licitatório de uma das empresas, explica que, nos testes realizados foram encontrados vários problemas de disparo acidental. A alteração no gatilho precisaria de uma maturidade no projeto, que seria de três anos, o que não aconteceu.  

 

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Sobre a arma  

 

Conforme um instrutor de tiro, entrevistado pelo O POVO Online, a pistola é "excelente". "O problema é que as pessoas querem ver uma trava externa. E isso ela não tem. Mas ela dispõe de um dispositivo de segurança que só vai liberar o disparo após o acionamento do gatilho", explica o especialista. 

 

Para o profissional, os que pensam que uma arma que possui uma trava externa vai ser mais segura estão enganados. "Qualquer pessoa pode desativar essa trava, bem como a maioria dos armamentos já utilizados por nós", ressaltou. 

 

O instrutor diz que o sistema de trava utilizadas pela Polícia cearense é similar ao da nova pistola Sig Sauer P320. "Agora existe a necessidade de trainamento da tropa para operá-las. 

 

Uma turma de policiais concluiu nesta quinta-feira, 9, o curso de instrutor para as novas pistolas. Em relação aos cuidados na operação da arma, o instrutor diz que a diferença é miníma. "Apenas o gatilho tem o acionamento diferente das já conhecidas, mas essa diferença auxilia muito na precisão e na velocidade dos disparos, que são essenciais para um bom resultado do policial na arma de fogo", relata.  

 

 

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