A Semana do Rock no CCBNB/Fortaleza

O Centro Cultural do Banco do Nordeste de Fortaleza realizou a Semana do Rock em 12, 13 e 14 de julho, valorizando o gênero que revolucionou a música em vários sentidos, iluminando outras áreas e linguagens artísticas. O evento contou com a participação de artistas, pesquisadores e amantes do estilo. De consenso, a tese de que ele não morreu!

 

O grupo que organizou a programação - a gestão do CCBNB e o coordenador- preocupou-se com uma abordagem multicultural e ligada à Arte-Educação. O objetivo: compreender de que forma o rock nos toca, analisar seus elementos formadores, acionar memórias afetivas e perceber sua atualidade e prospecção. No mosaico, houve a exibição de filmes como “Hair”, diálogos sobre moda, estética, economia criativa, as relações do estilo com a cultura de massa, seus percursos históricos, os significados políticos que possui, shows - de bandas como Renegados - e até mesmo questões existencialistas - caso da vivência teatral “Rock em Cena”.

 

Os articulistas observam como positiva estação do CCBNB, que a concretizou por conta do impacto cultural que o gênero tem. Afinal, é uma expressão relacionada à revolução de costumes, e começou a partir dos anos de 1950 a reinventar a música de consumo, se beneficiando de certas condições e criando novas estéticas, vigentes na atualidade, mesmo que transformadas.

 

Portanto, num evento múltiplo, o Rock foi analisado/debatido/exibido enquanto linguagem formadora de seres humanos, que o vivenciam como produto com raízes e história. Ele tem mais de 60 anos de estrada e, apesar dos sinais de crise, está muito presente em todo o mundo e também em Fortaleza. Em tal contexto, na cidade, veem-se novas bandas surgindo, estúdios se abrindo, bares e clubes que conectam seus palcos ao gênero, e públicos cada vez mais interessados, que mexem com toda uma cadeia de empreendimentos. Daí a importância da Semana do Rock e a necessidade que o evento se firme na agenda cultural cearense.