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"Tremenda irresponsabilidade", diz viúva de radialista morto em acidente no Beach Park

Luciane Cristina da Silva desabafa que desceu no brinquedo segundos após o marido, sem saber do acidente
09:45 | Jul. 23, 2018
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Em entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo, neste domingo, 22, Luciane Cristina da Silva, viúva do radialista Ricardo José Hilário da Silva, morto após cair de atração do Beach Park, afirmou que enxerga a morte do esposo como uma "tremenda irresponsabilidade". Emocionada, ela contou que desceu no brinquedo segundos após o marido.

O acidente registrado há uma semana aconteceu no brinquedo recém-inaugurado, e agora interditado sem previsão de retorno, "Vainkará". "Tinham três pessoas na nossa frente e eles precisam de mais uma para completar a boia, aí o Ricardo falou 'então tá, vou com vocês'", narrou. "Quando eu desci com minha filha um cara veio avisar pra tomar cuidado porque tinha acontecido um acidente. Quando eu olhei para trás, eu vi que era meu marido e vi que era muito grave o que aconteceu", desabafou.
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Tarcísio Pontes, comerciante de Cuiabá, fez parte do grupo que se acidentou na descida. "A gente tinha acabado de se conhecer. Quando a gente caiu eu percebi que o Ricardo estava inconsciente, aí eu coloquei ele no meu peito e veio uma onda forte de água e nos levou pra piscina", conta. Ele descreve o momento como uma "cena de filme de terror".

Esta era a terceira vez que Ricardo vinha ao Ceará com sua esposa Luciane, e a segunda com sua filha de 8 anos. Em todas as vezes eles foram ao Beach Park. A principal linha de investigação das causas do acidente é a que a boia estava com excesso de peso.Reportagem do jornal Folha de S. Paulo informou, na última quarta-feira, que o grupo somava 395 quilos, quando o permitido era até 320.

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Por meio de nota, o Beach Park pontua que segue protocolos de segurança em todos os brinquedos e que seus funcionários avaliam peso e altura dos visitantes. Ao Fantástico, Luciane e Tarcísio contam que nunca foram perguntados sobre seus pesos. No dia do acidente, a empresa divulgou uma nota de pesar e esclarecimento informando que a equipe prestou a devida assistência aos familiares de Ricardo e que lamentava a morte. Na terça-feira, 17 o parque não funcionou em respeito à família. 
 
Laudo pericial deve ficar pronto em cerca de um mês. A dor da perda do marido fica com Luciane, que comenta, em lágrimas, que a morte do marido "não foi uma fatalidade". "Ele era um pai apaixonado e um marido dedicado".
 
Redação O POVO Online 

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