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Família lamenta morte de Giselle um mês após sua morte em abordagem equivocada da PM

20:31 | Jul. 10, 2018
Autor Carlos Holanda
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Carlos Holanda Repórter
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Tipo Notícia
A morte da estudante Giselle Távora Araújo, de 42 anos, completa um mês nesta quarta-feira, 11. A mulher foi vítima de abordagem equivocada da Polícia Militar, que procurava carro semelhante ao de Giselle, um HB 20 branco. Ela morreu com um tiro nas costas. Em entrevista ao O POVO Online, a bancária e irmã da vítima, Rochelle Távora, de 41 anos, diz que todo mundo está muito triste
 
O sentimento se agrava mais ainda com o aniversário do sobrinho, filho de Giselle, que comemora 13 anos nesta terça-feira, 10, o primeiro aniversário sem a mãe. "Eu já chorei pra caramba com pena dele. A gente nunca mais tem como ser a mesma coisa depois disso", diz Rochelle. 
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A experiência negativa tem efeitos no cotidiano da irmã de Giselle. Ela descreve que voltava de um centro espírita, onde busca forças, quando ouviu barulho que julgou ser tiros. "Tinha retonrado da Leroy (Merlin, próxima ao Centro de Eventos) e comecei a escutar uns papocos. Pensei que era tiro e comecei a me tremer inteira". Segundo ela, eram apenas fogos.

"A gente espera que ele (o policial que atirou na Giselle) seja, no mínimo, expulso, porque uma pessoa dessa não é mais nem pra olhar pra uma arma", reivindica a irmã da vítima.

Amiga de Giselle há mais de 20 anos, a médica veterinária Michelle Costa, de 41 anos, compartilha da revolta. Diz que a versão policial - de que o alvo inicial era o pneu do veículo - é impossível de acreditar. "Do pneu para as costas dela tem uma distância muito grande. Se a gente for parar pra pensar, se isso for verdade, que eu acho que não é, é uma incapacidade muito grande. O intuito, pra mim, era parar o bandido da forma que for, mas não era um bandido, era uma mãe de família", diz a veterinária.

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