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Fortaleza é a quarta cidade do País em que mais crianças nasceram dentro de um Uber

Três bebês nascem durante viagens com a Uber todos os meses no Brasil. Em Fortaleza, foram três desde maio do ano passado. O POVO Online conta uma dessas histórias
09:52 | Jun. 28, 2018
Autor O POVO
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Em todo o Brasil, três bebês nascem durante viagens de Uber todos os meses. Fortaleza é a quarta cidade que mais tem ocorrências: foram três partos dentro de veículos da empresa desde maio do ano passado. Rio de Janeiro (9), São Paulo (7) e Belo Horizonte (5) são as primeiras no ranking. O País conta com um tempo de espera médio por um carro de menos de 4 minutos, algo que reflete a urgência na hora do parto.

A dona de casa Wládia Souza, 26, viveu essa história. Na madrugada do do último dia 8 sentiu a urgência de Talles Guilherme, que queria nascer. Sem ter ninguém que a levasse para uma maternidade, recorreu ao Uber. No entanto, teve uma surpresa ao descobrir que o hospital mais próximo a sua casa, no Henrique Jorge, estava fechado. Sem dinheiro para novas corridas, recorreu à ajuda do motorista Givanildo Arruda Silva, 38, que se disponibilizou a levá-la para outro lugar mesmo sem pagamento.

Mas não deu tempo. “Quando chegamos perto perto do Shopping Jóquei, acabei tendo (o bebê) dentro do carro”, lembra Wládia. “Ele (o motorista) ficou tão assustado, quando ele parou o bebê já estava no banco”, conta. Diante da situação inesperada, Givanildo decidiu chamar uma ambulância. “Eu pedia para ela se acalmar, dizia que ia dar tudo certo. Eu tava tão nervoso de um jeito”, relembra Givanildo. 

Antes que chegasse o socorro, o motorista lembrou que estava perto do Hospital da Mulher e levou a mãe para lá, para que ela recebesse atendimento médico adequado. Lá, os dois desconhecidos que dividiram um momento único se separaram. Depois do ocorrido, porém, Givanildo decidiu visitar Wládia e conhecer a criança que viu nascer. 

Wládia ficou feliz com a iniciativa. “No dia não deu nem para agradecer. Mas foi ótimo, porque era de madrugada, não tinha ninguém. Ainda bem que a gente tinha esse dinheiro, ainda bem que ele nos ajudou”, diz a mãe. “Eu me senti muito feliz por ter nascido uma vida no meu carro, me sinto bem até hoje”, revela o motorista. “Vou aparecer por lá depois e deixar umas fraldinhas para ele”, planeja. 

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