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Em meio a crise com delegados, associação defende procuradores e promotores da Operação Renault

Depois de entrevista coletiva concedida pelo presidente da Adepol criticar investigações relacionadas à Operação Renault 34, ACMP lança nota de apoio aos investigadores
16:42 | Abr. 28, 2018
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[FOTO1]Após repercução do afastamento do delegado Romério Almeida, suspeito de favorecer traficante na liberação de veículo apreendido, a Associação Cearense do Ministério Público (ACMP) divulgou nota de apoio aos investigadores da Operação Renault 34. No dia seguinte ao afastamento, o delegado foi encontrado ferido por dois disparos feitos por ele próprio. Ele se encontra hospitalizado.

A entidade que congrega promotores e procuradores de Justiça do Ceará, se contrapõe à entrevista dada pelo presidente da Associação dos Delegados de Polícia Civíl do Ceará (Adepol), Milton Castelo, na quinta-feira, 26, em que ele acusa o MP de "espetacularizar" o caso. 
 
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"Não se pode jogar o nome de uma instituição e de uma pessoa na lama desse jeito. Por uma coisa tão irrisória", disse Castelo, que ainda deixou claro que a Polícia Civil irá "reagir". "Isso não vai ficar assim".

[FOTO2]O delegado afastado é suspeito de corrupção passiva, segundo investigação do MPCE, que informou que "todas as ações ocorreram com anuência da Justiça".

A ACMP saiu em defesa dos promotores de Justiça do Núcleo de Investigação Criminal (Nuinc) após as declarações. "É missão dos membros do Ministério Público defender a ordem jurídica, o regime democrático e os interesses coletivos, entre os quais o direito da população de ver garantida uma efetiva atuação repressiva do Estado, no combate à criminalidade, pautada nos limites das leis e da Constituição", afirmou em nota.

[SAIBAMAIS]A associação destaca a "firmeza e seriedade" dos promotores de Justiça nas insvestigações na Operação Renault 34, "concretizando as medidas judiciais necessárias para elucidar os crimes em investigação".

"Os Membros do Ministérios Público combatem a criminalidade, não importando quem seja o suspeito da prática dos delitos ou o cargo que ocupa no serviço público. No caso concreto, a decisão judicial que determinou o afastamento de Delegado de Polícia de suas funções certamente se pautou no trabalho profícuo, sério e impessoal dos Promotores de Justiça integrantes do Nuinc, tendo o afastamento das funções e os demais atos de investigação praticados, ocorrido dentro das regras jurídicas estabelecidas pela legislação de regência.
Com efeito, a ACMP vem a público defender integralmente a postura adotada pelos Exmos. Promotores de Justiça integrantes do Nuinc, no âmbito da Operação Renault 34, os quais vem cumprindo uma árdua e importante missão sempre em busca da defesa da sociedade e do Estado Democrático de Direito", diz a nota.

Redação O POVO Online

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