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Trabalhadores dos Correios denunciam condições precárias em galpões alugados

Cerca de 200 funcionários precisaram ser realocados devido ao acidente do último dia 13 de fevereiro
15:24 | Mar. 01, 2018
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Atualizada às 19 horas

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Após o incêndio que atingiu 90% do Centro de Triagem dos Correios, no dia 13 de fevereiro, cargas e funcionários tiveram de ser realocados para outras unidades espalhadas pela Região Metropolitana de Fortaleza. Galpões foram alugados para suprir a demanda da empresa em Caucaia, Eusébio e no Cais do Porto, na Capital. Entretanto, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios, Telégrafos e Similares do Ceará (Sintect-CE), a infraestrutura dos prédios não está de acordo com as normas trabalhistas. Fotos e relatos serão recolhidos pelos sindicalistas para um dossiê, formalizando a denúncia para o Ministério Público do Trabalho. 

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Poeira excessiva, iluminação precária e falta de climatização são algumas das principais reclamações feitas pelos trabalhadores. Nos galpões do Eusébio, um trabalhador relata que em tardes quentes os funcionários preferem ficar até sem camisa para aguentar o calor.

 

O local, de acordo com eles, não tem ventiladores necessários e é muito sujo. Anteriormente utilizado para uma quantidade menor de cargas, o ponto agora recebe encomendas que serão despachadas para o interior do estado, outros locais do Brasil e para a RMF. 


Já em Caucaia, além da situação parecida com o galpão do Eusébio, o problema maior é a iluminação. Sindicalistas comentam que o prédio tem um sistema provisório que torna difícil a leitura de endereços das cartas.

 

De acordo com eles, o local já era alugado pelos Correios e esperava reforma. Com a demanda causada pelo incêndio, a área passou a ser utilizada mesmo sem as mudanças previstas. A única unidade que atinge as expectativas dos trabalhadores é a do bairro Cais do Porto. 


Em uma reunião no dia 15 de fevereiro, o Sintect pediu melhores condições para os trabalhadores realocados e a empresa se comprometeu a conceder. Entretanto, os funcionários sentem que isso não foi resolvido.

 

“Entendemos que isso é uma situação extraordinária, mas temos que ter uma infraestrutura básica”, diz um sindicalista que não quis se identificar. De acordo com ele, 200 funcionários que antes trabalhavam na sede incendiada estão em situação de transferência. Até o mapeamento destes empregados está sendo complicado, conforme o sindicato. “Um dia vai pra um canto, outro dia vai pra outro”.

Os Correios responderam, via assessoria de comunicação, alegando que, nesta semana, médicos do trabalho visitam as unidades operacionais para onde foram remanejados os empregados que atuavam no CTCE.

 

"A partir do parecer da área, serão adotadas as providências necessárias, se houver, para melhor acomodar os empregados. A previsão é de que em até 60 dias seja alugado um outro imóvel destinado a abrigar as atividades e o efetivo do centro de triagem", completou o informativo.

  Redação O POVO Online

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