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Torre de vigilância 24 horas funciona a partir desta quarta no Jangurussu

Célula de Proteção Comunitária terá efetivo de 40 guardas municipais e 20 policiais militares, que farão o patrulhamento a pé, de bicicleta e em motos. É a primeira de cinco torres que serão instaladas na periferia de Fortaleza
20:45 | Fev. 28, 2018
Autor Bruna Damasceno
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Bruna Damasceno Repórter no OPOVO
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Tipo Notícia
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"Minha 'fia', nós aqui é o dia todinho dentro de casa com as portas trancadas. À noite, nem dormimos mais". Assim uma moradora de 60 anos - que pediu para não ser identificada - descreve a rotina no bairro Jangurussu, onde mora há duas décadas. Uma narrativa recorrente na região cujos moradores tiveram que mudar hábitos e deixar de sentar-se nas calçadas para driblar a violência urbana. O Jangurussu foi o primeiro bairro a receber a Célula de Proteção Comunitária, em Fortaleza na tarde desta quarta-feira, 28.
[SAIBAMAIS] 
A comunidade foi escolhida por ser considerada "uma das mais violentas em termos de homicídio", segundo o vice-prefeito de Fortaleza, Moroni Torgan (DEM). Outras quatros unidades serão instaladas nas Goiabeiras, Barra do Ceará, Canindezinho, Vila Velha e Comunidade do Dendê, no Edson Queiroz, até o fim de julho deste ano. Inauguração do equipamento ocorreu na tarde desta quarta, 28, em solenidade com a presença do prefeito Roberto Claudio (PDT), do vice, autoridades do município e do Estado. 
 
Nova rotina na comunidade 

A torre de segurança funciona sob o comando de dois guardas municipais e um policial militar, que monitorarão 24 horas as 40 câmeras espalhadas pelo bairro. Efetivo 42 guardas armados e 20 policiais militares faz o patrulhamento a pé, de bicicleta e em motos. As rondas obedecerão a um sistema randômico que permitirá o sorteio das áreas por onde as equipes percorrerão. 

Sistema operacional conta com o reforço de drones e do aplicativo "Olho vivo" - que conecta moradores aos agentes. Ferramenta só estará disponível em 15 dias. A logística é vinculada ao Programa Municipal de Proteção Urbana (PMPU). Para o prefeito, o projeto deve somar-se à força policial já existente.
 
"Havia o diagnóstico que a nossa Guarda Municipal poderia dar uma contribuição mais ativa na prevenção da violência de forma mais integrada com a Polícia no território", explicou. Sobre o armamento dos guardas municipais, Roberto Cláudio destacou que houve treinamento para o uso de arma de fogo supervisionado pela Polícia Federal e que era necessário considerando o contexto da área.
 
"Não é o armamento que irá resolver o conflito da violência do território, mas ele é um acessório a mais que vai garantir maior eficiência e segurança na prevenção e promoção da paz", disse. Equipamento teve investimento de R$ 347 mil. 
 
Saiba mais  
 
Aplicativo
 
Em aproximadamente 15 dias, o aplicativo "Olho Vivo"  estará disponível para os sistemas operacionais Android e iOS. Apenas moradores ou pessoas que trabalham no bairro poderão realizar o cadastro. A plataforma terá opções como a realização de denúncias e chamadas de emergências. Serviço atuará via GPS e  complementará o acionamento por telefone. 
Veja como usar o aplicativo:  [VIDEO1]



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