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"Bloco da luta": grupo inspirado pelo Pré-Carnaval protesta contra o aumento de passagem de ônibus

20:18 | Fev. 02, 2018
Autor Carlos Holanda
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Carlos Holanda Repórter
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Tipo Notícia

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"Todo ano a mesma história de aumento na passagem de ônibus, e como fica o bolso do povo?". O questionamento aparece na descrição do evento no Facebook "Bloco da luta: Pré-Carnaval contra o aumento da passagem", promovido por estudantes da Universidade Federal do Ceará (UFC), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), além de estudantes secundaristas. O grupo protestou na tarde desta sexta-feira, 2, no Terminal da Parangaba.

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O "Bloco da Luta", formado por 10 pessoas, saiu da Praça da Gentilândia e fez um "catracaço" - ato de pular catracas - no ônibus que seguia para o terminal. Faixas e cartazes foram utilizados para protestar contra o reajuste de 6,25% no preço da passagem de ônibus. A mudança foi anunciada pela Prefeitura por meio do Diário Oficial do Município. O novo preço - valor integral passa de R$ 3,20 para R$ 3,40; a meia passa de R$ 1,40 para R$ 1,50 - começa a valer neste sábado, 3.

Em entrevista ao O POVO Online, um dos organizadores do ato, o estudante de Gestão de Políticas Públicas da UFC, Matteus Santos, afirma que o grupo foi ao terminal porque o aumento "não foi discutido com o povo, está sendo colocado para a gente goela abaixo" e está acima da inflação. "Nós, estudantes filhos da classe trabalhadora, temos dificuldades de acessar o ensino superior se não temos condição de pagar o nosso transporte público".

Sobre o baixo número de pessoas protestanto, Santos afirma que é em decorrência da "deslegitimação das lutas". Para ele, a população ainda não acredita que esta é a forma de reivindicar direitos. "A nossa intenção hoje, vindo ao Terminal da Parangaba, é aproveitar esse grande fluxo de trabalhadores e estudantes que passam, para que eles possam ver a nosso manifesto contra tudo que está sendo colocado, porque os direitos estão sendo retirados de nós", pontua.

Tentativa de proibição do ato

No momento em que protestavam, guardas municipais e funcionários da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) tentaram dispersar os manifestantes sob o argumento de que eles estariam perturbando a ordem. Um dos integrantes do grupo informou à reportagem que o contra argumento foi o de que eles estavam esperando o ônibus e, enquanto isso, seguravam os seus pertences: cartazes e faixas.

 

O POVO Online entrou em contato com a assessoria de comunicação da Etufor que não quis se manifestar sobre o caso de hoje. 

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