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Hospital filantrópico em Fortaleza cria aplicativo para viabilizar doações

Hoje, o hospital, que foi fundado em 1959, tem aproximadamente 278 crianças e adolescentes, de 0 a 17 anos internados, e 320 funcionários
08:29 | Nov. 17, 2017
Autor Carlos Holanda
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Carlos Holanda Repórter
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Tipo Notícia

O Hospital Infaltil Filantrópico SOPAI criou um aplicativo, que leva o nome do local, para tornar as doações mais práticas e, por consequência, aumentar o número de contribuições. Hoje, as duas fontes de renda para a manutenção do hospital, localizado no bairro Carlito Pamplona, são o Sistema Único de Saúde (SUS) e as doações. A novidade está disponível tanto pelo iOS como pelo Android.

O aplicativo é fruto de uma doação feita por um profissional da área. Em entrevista ao O POVO Online, o diretor administrativo do Hospital, Luis Eugênio França Pequeno, afirma que a ideia é decorrente de um pensamento sobre os dias atuais, onde tudo é resolvido por meio do celular. "Esse aplicativo deu uma repercussão muito boa na parte financeira", diz. Para fidelizar o público interessado em contribuir, o aplicativo conta com um recurso em que, todo mês, a quantia desejada já é debitada automaticamente. Além do aplicativo, outra forma de contribuir é pelo setor de doações, criado há sete meses. "Várias pessoas que andam pelo hospital se sensibilizam, doam roupas e brinquedos".

Hoje, o hospital, que foi fundado em 1959, tem aproximadamente 278 crianças e adolescentes de 0 a 17 anos internadas e 320 funcionários entre médicos e paramédicos. São realizadas 20 mil consultas e 1.500 internações mensais. Com 355 leitos, o hospital é considerado de média complexidade.

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O diretor administrativo diz que o hospital ainda está funcionando por causa do SUS, que, embora esteja com sua tabela de pagamento defasada há mais de 10 anos, juntamente com as doações recebidas de outras pessoas, dá ao SOPAI equilíbrio financeiro. "Mas nós temos consciência que devemos sempre pedir doações", afirma França sobre a necessidade de expandir os serviços. Ele ressalta que a iniciativa filantrópica tem Certificação de Entidades Beneficentes de Assistência Social (CEBAS), documento que comprova pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, reconhecida como entidade beneficente de assistência social.

O SOPAI tem parceria tanto com o Estado, oferecendo leitos de retaguarda, e com a Prefeitura, com 25 leitos destinados a pacientes com distúrbios mentais e dependentes químicos. Eles são encaminhados por meio de regulação dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPs), pelo Hospital de Messejana, Unidades de Pronto Atendimento e Centro de Referência de Assistência Social (Cras).

No local, são realizadas consultas médicas, análise clínica, serviço de neurologia, exames de eletroencefalograma, tomografia, ultrassonografia, raios-x e serviço de nutrição, com uma profissional que planeja uma dieta de acordo com o quadro do paciente internado.

Apesar das doenças rotineiras, como viroses, infecções, pneumonias e asmas, um fato que tem chamado a atenção do diretor são os frequentes casos de crianças de 8 anos que, apesar da pouca idade, já estão dependentes do crack. Sobre isso, ele diz que, nesses casos, o trabalho do Hospital não é só o da desintoxicação. "A gente recebe a criança drogada, cura e depois tenta reinseri-la na sociedade. Dizer que isso é 100% eficaz a gente não pode garantir, porque é complicado, mas há um acompanhamento".

Além da desintoxicação, são ofertados acompanhamento psicológico, psiquiátrico, bem como os serviços de três assistentes sociais, enfermeiros e toda a estrutura do hospital. "Às vezes a pessoa está internada numa clínica e tem que sair para outro local. Lá não. Faz tudo no mesmo local (exames)", diz França.

Serviço:

Doações podem ser realizadas pelos contatos:

4005.0776 / 9.9700.6444

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