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Presa dupla suspeita de envolvimento em morte de menino usado como escudo

Kauã de Assis Lopes, de 10 anos, foi feito de escudo pelo alvo dos tiros, no último dia 10. Os dois morreram
16:05 | Set. 18, 2017
Autor Lucas Braga
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Lucas Braga Repórter do O POVO Online
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Tipo Notícia
Dois suspeitos de participação na morte do menino Kauã de Assis Lopes, de 10 anos, foram presos. Um homem de 22 anos e sua companheira, de 18 anos, foram capturados na última sexta-feira, 15, em Caucaia e Jaguaribe, respectivamente. O anúncio foi feito na manhã desta segunda-feira, 18, em coletiva na sede da Divisão de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP), no Bairro de Fátima. 
 
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O crime aconteceu no estabelecimento dos pais do menino, conhecido como “Bar da Tripa”, em Jaguaribe (distante 294 km de Fortaleza). Kauã foi baleado ao ser feito de escudo pelo real alvo do crime, Pedro César Parente Evangelista, de 18 anos, que morreu no local. O garoto ainda foi levado em ambulância para Limoeiro do Norte — a 122 quilômetros de distância de Jaguaribe —, mas não resistiu aos ferimentos.

Um segundo executor, comparsa do casal, continua sendo procurado pela Polícia.

Em oitiva, o homem teria confirmado o envolvimento no crime, conforme Carlos Eduardo Silva, delegado regional de Jaguaribe, que esteve à frente das investigações. O suspeito, que já cumpria pena no sistema semiaberto, por tráfico de drogas, alegou dívida com o mandante do crime, que também cumpre pena. “Para pagar essa dívida, ele teria de executar Pedro, outro envolvido com tráfico na região”, completou o delegado.

Na coletiva, o delegado Ciro Lacerda ressaltou ainda a  importância da denúncia. “É preciso que a comunidade de Jaguaribe e regiões circunvizinhas denuncie, ainda que de forma anônima, e ajuda a Polícia a desempenhar seu papel”.

Conforme relato da diretora da escola, Rosane Silva Bezerra, ao perceber os tiros, Kauã correu para abraçar a mãe, mas, no trajeto, foi pego por Pedro César, que tentava se proteger. O menino levou três tiros, um deles na região do pescoço. Rosane conta que o menino correu para abraçar a mãe pois havia sonhado, há poucos dias, que ela morria em um tiroteio. 

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