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Locatários do Mercado Central cobram melhores condições

16:46 | Set. 22, 2017
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Locatários do Mercado Central de Fortaleza cobram melhores condições após mudança definitiva para o estacionamento do equipamento. Há cerca de um mês, 28 quiosques foram realocados devido obra de revitalização que ocorre no térreo. No entanto, os comerciantes questionam a falta de estrutura do novo espaço e diálogo por parte da Cooperativa dos Permissionários e Locatários do Mercado Central (CoopCentral).
 
Entre as reivindicações dos inquilinos estão a falta de prazos para a padronização dos quiosques, prejuízos ocasionados na mudança, como deterioração da estrutura e produtos e a definição da localização das barracas que, segundo lojistas, apenas alguns deles participaram de sorteio para a decisão. Além da resistência no valor do aluguel e o impacto negativo que o novo local teve sobre as vendas.

Na manhã desta quinta-feira, 21, O POVO Online ouviu alguns arrendatários e as queixas se repetiam. “Demorei muito pra chegar até aqui. Eu não me conformo, antes, todos os dias eu pagava uma conta”, relata inquilina. Além dos efeitos econômicos para os inquilinos, a situação tem gerado incertezas sobre o futuro do espaço no equipamento. 
 
“Tivemos uma semana para sair de lá. Notificaram e pronto. Não disseram mais nada. Quem vai ficar no lugar?”, questiona um comerciante. O POVO Online preserva a identidade a pedido das fontes, que temem represálias. A maioria dos entrevistados disse sofrer ameaças de não renovar o contrato quando questionaram as condições aplicadas pela Cooperativa, que nega tais circunstâncias.
 
Segundo o vice-presidente da CoopCentral, Jocildo Luz, o espaço não será ocupado por mais lojistas. “Ali será uma praça para fazer eventos de divulgação do Mercado”, explica. O titular da Secretaria de Turismo do Município, Alexandre Pereira, reitera. “Não terá mais quiosques. Todos eles terão garantia que ninguém volta para lá”, explica.
 
Ele acrescenta ainda que um fiscal permanente atua no equipamento para assegurar que a Cooperativa exerça democraticamente suas atribuições. As obras são para a construção de novo espaço de lazer e correção e prevenção da rede elétrica.  
 
Outro lado 
 
A CoopCentral afirmou que houve tempo suficiente para a remoção dos quiosques e que os inquilinos foram informados por meio de notificação. Por telefone, Jocildo Luz destacou que eles não foram informados pelos locatários sobre possíveis prejuízos materiais e que a remoção contou com o apoio da cooperativa.
 
Já a respeito da padronização, ele disse que ainda não tem como estipular uma data. O vice-presidente alega que foi realizado um sorteio para mapear a localização de cada um, no entanto, nem todos compareceram. Quanto ao valor do aluguel, a justificativa é que não tem como alterar porque é prestado conta com a prefeitura. Já Secretaria Municipal do Turismo de Fortaleza (Setfor), alegou que o acordo financeiro é feito entre a cooperativa e os inquilinos e não tem qualquer interferência da Prefeitura. 
 
 
Redação O POVO Online  

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