População denuncia lixo no canteiro central; Prefeitura promete resolver até o fim de 2017

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O neto de dois anos da dona de casa de 40 anos, que preferiu não ser identificada, tem a pele repleta de manchas vermelhas e várias impingens. “E é porque eu sempre reclamo se ele vai pra rua. Mas sabe como é menino, né? Esse é impossível”, diz. Em frente à residência, na avenida Duque de Caxias, quase esquina com avenida José Jatahy, no Centro, ela convive com um lixão a céu aberto.

 

O monturo, com espigas de milho, caixas de ovos e de papelão, latas e até fraldas descartáveis, se espalha por todo o quarteirão da avenida e atrai baratas, ratos, moscas. Afasta os clientes de Joana Lima de Freitas, 31, que vende confecção em casa. “Mas a culpa é do povo, que a Prefeitura vem, limpa, e o povo suja tudo”, descreve, completando que sente vergonha quando alguém vai visitá-la.

 

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Na avenida Silva Jathay, um pouco mais à frente, há uma placa desgastada de "Proibido colocar lixo". Mas o lixo se acumula no canteiro central, entre as poucas árvores.

 

Gilberto Bastos, titular da Secretaria Regional I (Ser I), responsável pela área, afirma que todos os dias a limpeza é realizada em ambos os locais. “São 180 pontos de lixo somente na Regional I, 18 deles de frente a escolas. Mesmo limpando, se não requalificar o local, os locais são sujos novamente”, conta. Bastos aponta a meta da secretaria, até o fim de 2017, é de extinguir 47 pontos de lixo, inclusive os visitados pela reportagem.

 

“Para retirar completamente esses locais como pontos de lixo, nós vamos requalificá-los com o projeto Abrace Seu Jardim”, informa o gestor. O programa deve ser implantado até o fim deste ano, em parcerias com empresas privadas da área. “Já começamos o projeto em outros locais, como na avenida Mozart Lucena, no Jardim Guanabara, em que as famílias adotaram a avenida.