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Estudantes ficam quase cinco horas presos em campus da Uece

Portão de um dos setores foi fechado antes do horário previsto. Alunos usaram redes sociais para pedir ajuda. Eles só conseguiram sair do local por volta de 21 horas
16:30 | Ago. 01, 2017
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Dois alunos do curso de Pedagogia ficaram presos cerca de cinco horas nesta segunda-feira, 31, no campus do Itaperi, na Universidade Estadual do Ceará (UECE). Eles finalizavam atividades acadêmicas e, ao tentar sair de um dos prédios, por volta de 16h30min, encontraram todas as portas fechadas. Estudantes Aurélio Nestor, 21 anos, e Mayamia Figueiredo, 23, afirmam que irão denunciar à ouvidoria. Universidade alega desconhecer o ocorrido.

De acordo com Nestor, a amiga e ele finalizaram os trabalhos de bolsa estudantil e tentaram deixar o prédio próximo ao Centro de Ciências e Tecnologia (CCT). “O responsável pela chave havia saído antes do horário e não avisou, nem deixou a chave”, disse o aluno. Ele narrou que ambos gritaram em busca de ajuda e um segurança apareceu.

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Segundo Mayamia, o funcionário retornou uma hora depois informando que o responsável por trancar o local iria retornar para ajudá-los. Contudo, duas horas depois os dois jovens continuaram trancados. “Estávamos com sede, fome e estava tudo escuro”, comentou a estudante. Eles pediram ajuda através de redes sociais para amigos.

De acordo com eles, por volta das 20 horas, três seguranças apareceram no CCT. “Eles disseram que o segurança da tarde havia falado que tudo estava resolvido. Nossa sorte foi que eles trouxeram água e ligaram para outros funcionários”, narrou Mayamia.

Os dois estudantes só conseguiram deixar o local às 21 horas. Uma mulher que estava no campus ouviu sobre a comoção gerada. Ela tinha as chaves de uma das salas do prédio, por onde Mayamia e Nestor conseguiram sair. “No fim, o cara que tinha a chave e nos trancou nem apareceu”, lamentaram.

Ouvidoria

Os alunos disseram que vão, na tarde desta terça-feira, 1º, tentar abrir processo na ouvidoria da Uece. “Tenho hipoglicemia, não posso ficar mais de 3 horas sem comer. Se tivesse acontecido algo conosco, seria responsabilidade de quem trancou. Ele que decidiu e ele que trancou o portão fora do horário porque quis”, criticou a aluna.

Procurado pelo O POVO, o diretor do CCT, Luciano Cavalcante, negou que eles tenham ficado presos na unidade, mas reconheceu que o espaço onde eles estavam era dentro da campus. “Não é a primeira vez que isso acontece. Mas eles ficaram num espaço interno da Universidade, que não é o CCT”, garantiu. Cavalcante explicou que grades foram instaladas na área para prevenir assaltos. “Até a sala da diretoria foi arrombada”, disse.

Redação do O POVO Online

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