Por insegurança, grades da Igreja do Carmo serão fechadas durante a noite
A medida terá início após a conclusão das obras na praça, previstas para o fim de junho
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Por falta de segurança, a partir do fim do próximo mês, os grades ao redor da Igreja do Carmo, no Centro, passarão a ser fechadas durante a noite. As grades foram instaladas nos últimos dias, durante as obras realizadas pela paróquia em parceria com a Prefeitura de Fortaleza. Após arrombamentos, brigas entre moradores de ruas e assaltos, essa foi a alternativa para tentar garantir mais tranquilidade aos fiéis e frequentadores.
De acordo com Paulo Sérgio Bezerra de Amorim, pároco da igreja, nos últimos dois anos a situação de insegurança têm ficado pior. “Ontem mesmo, alguns homens atacaram um casal que estava deitado aqui na praça com um tijolo. Um fiel já teve o carro arrombando durante uma celebração no ano passado”, conta. Ele relata ainda que há cerca de seis meses a igreja foi arrombada durante a noite e os assaltantes levaram a televisão e cerca de R$ 600.
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AssineComerciantes do entorno da praça e fiéis também partilham da sensação de insegurança. “Sempre fazemos feirinhas aqui mas temos medo. Acho que as grades vão melhorar a situação”, considera a dona de casa Norma Lúcia, 53, que se congrega na Igreja do Carmo há 18 anos.
O pároco explica que a instalação dos grades é resultado de campanha realizada pelos fiéis. Já a preparação da base para receber as grades e a restauração do piso ficou a cargo da Prefeitura. Conforme a Prefeitura, o equipamento também receberá, no prazo de 45 dias, novo projeto paisagístico nos canteiros e mobiliário urbano, além de ter a pavimentação recuperada, reforço na iluminação e acessibilidade, através de rampa e piso tátil. “A inauguração será após a conclusão das obras. A partir daí vamos manter os portões fechados a partir das 22h até às 5:30 da manhã”, projeta Paulo Sérgio.
No período, os moradores de rua não poderão ficar no local. Ele explica que a paróquia vai tentar direcioná-los para casas de recuperação e albergues. “Vamos procurar o que podemos fazer para alojar os moradores em outro local. A prefeitura já sinalizou que tem locais e temos também o albergue Shalom, da paróquia”, acrescentou.
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