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Após extinção de pena, assassino de bailarina deixa unidade prisional no Ceará

A desembargadora Maria Edna Martins, relatora do processo, apresentou voto concedendo habeas corpus ao advogado, atendendo a um pedido da defesa, e extinguiu a pena, na última terça
18:03 | Mai. 04, 2017
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Autor do homicídio da bailarina Renata Maria Braga, em 1993, o advogado Wladimir Lopes Magalhães, 47 anos, deixou a Unidade Prisional Irmã Imelda Lima Pontes, no Aquiraz, por volta das 12h30min desta quinta-feira, 4. Condenado pelo assassinato, ele teve a pena extinta pelo Tribunal de Justiça do Ceará nesta terça-feira, 2, sob argumento de prescrição.


Wladimir foi pronunciado em dezembro de 1996 e julgado, pela terceira vez, em junho de 2015, sendo condenado a 12 anos e seis meses de prisão em regime fechado. O advogado recorreu da decisão e permaneceu em liberdade. Em agosto de 2016, a 1ª Câmara Criminal, do TJ-CE, manteve a condenação e determinou prisão imediata e pena de nove anos e dois meses de reclusão. Foragido, o assassino da bailarina acabou capturado pela Polícia em setembro do ano passado, em Brasília, e esteve encarcerado até esta quinta no Ceará.

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Na última terça-feira, 2, a desembargadora Maria Edna Martins, relatora do processo, apresentou voto concedendo habeas corpus ao advogado, atendendo a um pedido da defesa, e extinguiu a pena. O processo foi votado na 1ª Câmara Criminal e aceito foi por unanimidade. Para determinar a extinção da pena, a desembargadora ressaltou em voto que o espaço de tempo de 18 anos, entre a última sentença válida anteriormente e a de agosto, ultrapassou o prazo de prescrição, que é de 16 anos.

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Wladimir matou a bailarina Renata Braga no dia 23 de dezembro de 1993, após uma discussão de trânsito. O advogado sacou uma arma e atirou na direção do carro em que Renata estava com amigos. A vítima, com 20 anos na época, foi atingida com um tiro na cabeça.


Desde então, transcorreram quatro julgamentos: o primeiro com pena de sete anos; o segundo uma absolvição contestada pela acusação; o terceiro com sentença de 12 anos e seis meses; e último com pena de nove anos e dois meses. Ao todo, Wladmir ficou preso por 488 dias: 230 dias em 1994 e, desta vez, do dia 7 de agosto de 2016, até hoje. O advogado deixa a unidade prisional no Ceará e deve retornar para Brasília, onde a família reside. Caso será arquivado.

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