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Sintro se pronuncia sobre ataques e levanta possibilidade de paralisação de trabalhadores

O sindicato emitiu comunicado solicitando que o Sindiônibus e a Etufor recolham a frota de veículos das ruas até que os ataques ao serviço de transporte público cessem
22:20 | Abr. 20, 2017
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Em meio aos ataques aos transportes coletivos que aconteceram na Capital e na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) nessa quarta-feira, 19, e que seguiram nesta quinta-feira, 20, o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários (Sintro) emitiu comunicado solicitando que o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Fortaleza (Sindiônibus) e Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) recolham a frota de veículos das ruas até que chegeu ao fim os ataques ao serviço de transporte público.

Na tarde desta quinta-feira, o presidente do Sintro, Domingos Neto, comentou sobre a possibilidade de paralisação dos trabalhadores da categoria nos próximos dias. "Há vários meses, a gente vem questionando, mandando ofício para o comando da Polícia Militar, tendo reuniões com a Etufor para que eles tomassem providências mais rápidas possíveis sobre essa insegurança que está acontecendo dentro desses coletivos. Para hoje, a gente conseguiu que as linhas mais perigosas, as linhas que estão acontecendo (ataques), parassem de circular. A gente falou com a Etufor e o Sindiônibus e eles concordaram de recolher os ônibus nessas linhas ‘mais perigosas’, como os da área do Bom Jardim, Edson Queiróz, Barroso”, contou. Ele ainda afirmou que caso a situação não seja normalizada, o sindicato vai se reunir em uma assembleia para determinar a paralisação oficial das atividades dos trabalhadores do transporte público da Grande Fortaleza.

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Na noite desta quinta-feira, 20, o repórter do O POVO Rômulo Costa constatou a diminuição da frota de ônibus no terminal da Lagoa. Conforme apurou, algumas linhas deixaram de circular desde a tarde. Uma das linhas que teve o tráfego reduzido foi o ônibus que faz a linha 355 - Joquei/ Bonsucesso, que não circula desde as 12h. No 1º dia dos ataques, a frota de ônibus da Capital e da RMF foi recolhida.

“Não podemos deixar que os trabalhadores trabalhem nessa situação, Amanhã, os trabalhadores vão trabalhar, mas se algo acontecer nas vias de grande acesso, a ordem é que as atividades sejam interrompidas. Vamos tomar a mesma atitude que foi tomada no início dos ataques (recolhimento da frota) e colocaremos os veículos dentro da garagem”, disse em entrevista ao O POVO Online, o assessor político do Sintro, Valdir Pereira.

Ainda nesta noite, o Sintro emitiu comunicado sobre os ataques aos coletivos da Capital e da RMF, ameaçando sobre a possibilidade de paralisação caso a situação nos ônibus não seja normalizada.

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“Enquanto estiverem ocorrendo os ataques, os rodoviários não devem ser obrigados a trabalhar sob risco de levarem faltas ou advertências. Os empresários do transporte devem recolher os ônibus para não colocarem em risco a vida dos trabalhadores rodoviários e da população em geral. O Sintro vem por meio deste comunicado, solicitar ao Sindiônibus e Etufor o imediato recolhimento da frota até que parem os ataques. Exigimos da prefeitura e do Governo do Estado que adotem medidas sociais que possam prevenir o crescimento da violência”, diz trecho da nota.

Para O POVO Online, a assessoria de imprensa da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) afirmou desconhecer a nota emitida pelo Sintro e disse que nenhuma reunião ainda foi fechada com o sindicato dos trabalhadores sobre a situação. Até a publicação desta matéria, O POVO Online não conseguiu contato com a assessoria do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Fortaleza (Sindiônibus).

Redação O POVO Online

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