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Evento discute os desafios da acessibilidade no espaço urbano

Atitude de poder público e da sociedade é importante para a garantia do acesso aos espaços, diz pesquisadora
19:11 | Abr. 27, 2017
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[FOTO1]Os desafios de incluir as pessoas nos espaços públicos devem partir, inicialmente da atitude. O tema foi defendido, ontem, no VI Ciclo de Debates promovido pelo Secretaria de Acessibilidade da Universidade Federal do Ceará (UFC), no campus do Pici.
 
"A Cidade se desenvolveu de maneira muito rápida e, muitas vezes, sem planejamento. Isso dificulta a existência de espaços verdadeiramente acessíveis", pondera a professora Zilsa Maria Pinto Santiago, do departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFC. Durante a palestra de ontem, ela defendeu a atitude como um caminho de mudança. Essa responsabilidade inclui tanto o poder público quanto à sociedade.
 
Para ela, a Cidade pode criar barreiras quando não permite que pedestres e cadeirantes tenham acesso a travessias seguras, mas a sociedade tem responsabilidade quando não garantem calçadas acessíveis, por exemplo.
 
"A gente sabe que uma calçada tem que ter pelo menos 1,20 metro disponível, mas isso nem sempre é respeitado. Tem gente por exemplo que planta árvores sem observar isso, diminuindo o espaço do pedestre", exemplifica. A professora, porém, acredita que a mudança tem ocorrido aos poucos. "Toda mudança demanda tempo", diz.
 
Cadeirante, o servidor público Carlos Ernesto Bond diz que a demanda por uma cidade acessível começou a ser mais forte quando as pessoas com deficiência começar a ocupar os espaços. "Há um tempo, as pessoas ficavam mais retraídas. Hoje em dia, tem muitas pessoas com deficiência na rua e elas cobram acesso", considera. "Isso é uma força de pressionar também", diz.
 
O Ciclo de Debates da Secretaria de Acessibilidade da UFC ocorre desde 2006, com o objetivo de discutir a inclusão de pessoas com deficiência na universidade.

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