Sem fiscalização continuada, apenas três casos de trabalho esravo foram libertados em 2016
Em 2017, foram 70 casos de trabalho em condições análogas à escravidão. Em 2016, a mobilização dos auditores fiscais por melhores condições de trabalho no Estado, com paralisação das atividades a partir de agosto, comprometeu a fiscalizaçãoNúmero de pessoas resgatadas do trabalho escravo reduziu 95% de 2015 para 2016. No ano passado, foram apenas três trabalhadores retirados de situações análogas à escravidão. No ano anterior, foram 70 pessoas nessa situação, uma redução de 95% do número de casos apanhados.
Dados foram apresentados na manhã desta segunda, 30, durante coletiva sobre ações de combate ao trabalho escravo no Estado, na sede da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Ceará (SRTE/CE). A queda drástica não reflete melhorias nas relações trabalhistas, mas à paralisação dos auditores fiscais. Eles pedem concurso público e pararam as atividades desde agosto de 2016.
Os três casos de trabalho análogo à escravidão 2016 foram flagrados em Fortaleza, em obras da construção civil. Um deles na Praia de Iracema e os outros dois, no Centro. “Ele (o trabalho análogo ao escravo) transforma o ser humano em coisa. O trabalhador perde a sua dignidade. O que nós fazemos é tentar resgatar essa dignidade”, informa Sérgio Carvalho, auditor Fiscal do Trabalho.
Redação O POVO Online
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