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Defensores constatam que o Hospital Regional de Quixeramobim não atende pacientes

De acordo com a Secretaria da Saúde, atendimentos começaram na segunda-feira, 5. Ontem, porém, conforme a Defensoria Pública, não havia pacientes e médicos na unidade
19:11 | Dez. 09, 2016
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[FOTO1] Inaugurado desde 2014 e com um acordo firmado na Promotoria de Justiça para começar a funcionar até esta sexta-feira, 9, o Hospital Regional do Sertão Central (HRSC), em Quixeramobim, não tinha nenhum médico para receber pacientes. A constatação foi feita pela Defensoria Pública do Estado ontem, três dias depois de a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) comunicar sobre o início de funcionamento do serviço dos ambulatórios de cirurgia e multiprofissional, além dos serviços de exames laboratoriais e de imagem. 


“A estrutura é impecável, os equipamentos são de ponta e o hospital estava aberto. Havia cerca de 100 profissionais atuando como atendentes, enfermeiros, equipe do administrativo, mas não haviam médicos e nem pacientes. O que adianta todo esse aparato se não há atendimentos?”, questionou a defensora pública Beatriz Fonteles Gomes Pinheiro, integrante do Grupo de Trabalho (GT) da Saúde da Defensoria. 


De acordo com o defensor público Guilherme Queiroz Maia Filho, dos 1.600 profissionais necessários para que o hospital funcione de forma plena, não existiam sequer 10% no momento da visita. Essa foi a quinta inspeção do GT a hospitais, iniciativa executada a partir do aumento de denúncias de pacientes que não conseguem ter acesso aos serviços de saúde. 
 
Sesa afirma funcionamento 


Questionada sobre a constatação feita pelos defensores, a Sesa respondeu, através de nota, que o HRSC realmente iniciou os atendimentos na segunda-feira, 5. “Com encaminhamento através da Central de Regulação do Estado (CreSus), o atendimento ofertado é para os pacientes com perfil cirúrgico. Neste primeiro atendimento o cirurgião examina o paciente e solicita exames laboratoriais e de imagem para fazer a avaliação. O ambulatório multiprofissional também tem dado suporte a esses atendimentos. As consultas são marcadas com intervalo de cada meia hora”, transcreve a nota.


Conforme as informações fornecidas, a próxima etapa será o início da internação cirúrgica eletiva e o funcionamento do centro cirúrgico, previstos para o fim de janeiro. Em setembro, de acordo com a Sesa, setores de apoio à gestão, farmácia, nutrição, entre outros, estão trabalhando internamente e foram convocados 132 profissionais. 
 
 
 
Redação O POVO Online 

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