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Sem material, teste do pezinho está suspenso há seis meses em Fortaleza

O Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) deu o prazo de dez dias para normalizar a situação dos exames
20:40 | Nov. 23, 2016
Autor Luana Severo
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Tipo Notícia

Poucos dias após seu nascimento, em 15 de junho deste ano, o menino Benjamin Kayodê, filho da estudante Sávia Augusta, 25, foi submetido ao teste do pezinho num posto de saúde na região do Sítio São João, no Jangurussu, em Fortaleza. Ainda incompleto, o resultado do exame chegou às mãos de Sávia somente nos últimos dias, seis meses após a coleta – período que coincide com o tempo em que o teste está suspenso nos hospitais públicos estaduais e municipais de Fortaleza.


A suspensão foi confirmada pelas pastas estadual e municipal da saúde, que alegam ter ocorrido “dificuldade orçamentária com dois fornecedores de insumos para a realização dos testes do pezinho”. O Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) deu o prazo de dez dias para normalizar a situação dos exames. Para tanto, deve mobilizar seus servidores em mutirão para regularizar as coletas feitas de julho até hoje.


A enfermeira obstetra Paula Carrion, da Equipe Maiêutica, ressalta que o exame tem de ser feito entre três e sete dias de nascimento dos bebês para garantir que, na ocorrência de doenças congênitas, as crianças sejam tratadas em tempo hábil.

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“Mesmo fazendo (o exame), no hospital público demora no mínimo um mês para chegar. No particular, é no máximo uma semana”, ponderou Paula. Segundo a profissional, apesar de raras, as doenças investigadas pelo teste do pezinho são graves.


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As seis doenças que o teste do pezinho pode detectar são: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, doença falciforme, fibrose cística, deficiência de biotinidase e hiperplasia adrenal congênita.


Conforme o Estado e o Município, o teste está suspenso em todos as unidades da rede de saúde que prestam atendimento neonatal.

 

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