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Governador reconhece defasagem nos salários de policiais civis, mas descarta reajuste

Camilo Santana considera que o aumento dos salários já foi contemplado em acordo firmado em setembro. Os policiais fizeram hoje nova manifestação
19:56 | Nov. 07, 2016
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O governador Camilo Santana (PT) disse que o acordo com os policiais civis - em greve desde setembro - já foi garantido com o Plano de Cargos de Carreiras e Salários firmado semanas antes da paralisação. As declarações foram dadas durante entrevista coletiva no Palácio da Abolição, na tarde desta segunda-feira, 7.
 
O chefe do executivo estadual admitiu que há defasagem entre os ganhos de delegados e de inspetores e escrivães, uma das principais reivindicações da categoria paralisada, mas considera que o aumento já foi garantido no acordo firmado há dois meses.
 
“Implementei o novo Plano de Cargos e Salários, isso em setembro deste ano. Em média, o aumento foi de 25% no salário que eles já receberam em 1º de outubro. Isso, enquanto tem estado que não teve nem como pagar”, comentou Camilo.
 
Paralisação
Em greve desde o dia 24 de setembro, os policiais reivindicam a diminuição da diferença salarial entre inspetores, escrivães e delegados, melhores condições de trabalho, o fim da custódia de presos nos chamados xadrezes e o reconhecimento do nível superior para a Polícia Civil.
 
“Eles querem passar de nível médio para nível superior. O concurso foi de nível médio, gente”, acrescentou o governador, que minimizou a abrangência da paralisação no Estado. “Tem uma parcela pequena da Polícia, porque as delegacias estão funcionando”.
 
A greve dos policiais chegou a ser suspensa na quinta-feira, 27, depois que a Justiça decretou a ilegalidade do movimento. Um dia depois, o Sinpol realizou assembleia e deflagrou nova greve. “É um desrespeito à Justiça, porque ninguém tem que passar por cima da lei, e à população do Ceará”, disse o governador.
 
Carreata
As declarações de Camilo Santana foram dadas enquanto os policiais civis organizavam carreata na avenida Barão de Studart, em frente ao Palácio da Abolição. O protesto saiu do acampamento montado pelos grevistas em direção à Divisão de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), no bairro de Fátima, na tarde desta segunda-feira, 7.

Redação O POVO Online
com informações dos repórteres Lígia Costa e Rômulo Costa

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